Relaçam do estado politico e espiritual do Imperio da China, pellos annos de 1659, atè o de 1666
Escrita em Latim pello P. Francisco Rogemont da Cõpanhia de Iesus, Flamengo, Missionario no mesmo Imperio da China.
Traduzida Por hum Religioso da mesma Companhia de Iesus (Gabriel de Magalhães).
Impresso em Lisboa em 1672 na Officina de Ioam da Costa.
Tem um título longo este livro publicado em Lisboa na segunda metade do século XVII e que contém dados preciosos sobre esse período da história, não só de Macau mas sobretudo da China.
Viu a luz do dia fruto do empenho dos missionários da Companhia de Jesus que na missão a Oriente começaram por se estabelecer em Macau.
Neste ano de 2014 que agora termina assinala-se o 3º centenário da restauração da Companhia de Jesus.
Escrita em Latim pello P. Francisco Rogemont da Cõpanhia de Iesus, Flamengo, Missionario no mesmo Imperio da China.
Traduzida Por hum Religioso da mesma Companhia de Iesus (Gabriel de Magalhães).
Impresso em Lisboa em 1672 na Officina de Ioam da Costa.
Tem um título longo este livro publicado em Lisboa na segunda metade do século XVII e que contém dados preciosos sobre esse período da história, não só de Macau mas sobretudo da China.
Viu a luz do dia fruto do empenho dos missionários da Companhia de Jesus que na missão a Oriente começaram por se estabelecer em Macau.
Neste ano de 2014 que agora termina assinala-se o 3º centenário da restauração da Companhia de Jesus.
Nascido em Maastricht (Bélgica) em 1624, Francois de Rougemont entrou para a Companhia de Jesus em Malines no ano de 1641. Meses depois de ser ordenado (Novembro 1654) candidatou-se às missões da Companhia de Jesus no Oriente. Chegou a Macau em Julho de 1658 e dali partiu para a China onde esteve em Hangchow (Hangzhou), Chekiang (Zhejiang), Soochow (Suzhou), Kiangsu (Jiangsu) onde fez várias conversões de chineses ao catolicismo.
Na comunidade católica de Ch'ang-shu (Changshu), estabeleceu 14 congregações. Wu Li, famoso pintor da dinastia Ch'ing (Qing) e mais tarde também ele jesuíta, acompanhou-o em muitas das suas missões. Durante a perseguição a que os religiosos foram sujeitos entre 1665 e 1671, Rougemont esteve preso em Cantão (Guangzhou). Foi durante esse período que escreveu esta obra, testemunho do que conheceu na China. Relata não só a consolidação do poder dos manchús no Sul da China em meados do século XVII como também um encontro com o famoso pirata Zheng Zhilong (1604-1661) e a batalha de Liaoluo Bay que teve lugar em 1633 ao largo da costa de Fujian. Envolveu a Companhia das Índias Orientais holandesa e marinhas da dinastia chinesa Ming. A batalha foi travada no Estreito de Taiwan onde a frota holandesa sob comando do almirante Hans Putmans estava tentando controlar a navegação, enquanto o tráfego e o comérico marítimo do sul de Fujian era protegido por uma frota sob o brigadeiro-general Zheng Zhilong. Esta foi a maior batalha naval entre as forças chinesas e europeias antes das guerras do ópio 200 anos mais tarde.
Na comunidade católica de Ch'ang-shu (Changshu), estabeleceu 14 congregações. Wu Li, famoso pintor da dinastia Ch'ing (Qing) e mais tarde também ele jesuíta, acompanhou-o em muitas das suas missões. Durante a perseguição a que os religiosos foram sujeitos entre 1665 e 1671, Rougemont esteve preso em Cantão (Guangzhou). Foi durante esse período que escreveu esta obra, testemunho do que conheceu na China. Relata não só a consolidação do poder dos manchús no Sul da China em meados do século XVII como também um encontro com o famoso pirata Zheng Zhilong (1604-1661) e a batalha de Liaoluo Bay que teve lugar em 1633 ao largo da costa de Fujian. Envolveu a Companhia das Índias Orientais holandesa e marinhas da dinastia chinesa Ming. A batalha foi travada no Estreito de Taiwan onde a frota holandesa sob comando do almirante Hans Putmans estava tentando controlar a navegação, enquanto o tráfego e o comérico marítimo do sul de Fujian era protegido por uma frota sob o brigadeiro-general Zheng Zhilong. Esta foi a maior batalha naval entre as forças chinesas e europeias antes das guerras do ópio 200 anos mais tarde.
Francois de Rougemont morreu em T'ai-ts'ang (Taicang), perto de Shanghai, em 1676. Foi enterrado em Ch'ang-chou (Changzhou), Kiangsu. O seu livro, considerado essencial para se perceber a história da China no século XVII foi publicado em Lisboa em 1672.
Author: Rougemont, François de (1624-1676) “Born in Maastricht, de Rougemont entered the Society of Jesus at Malines in 1641. Several months after his priestly ordination in November 1654, he applied to go to the missions. After arriving in Macao in July 1658, and spending a year in Hangchow (Hangzhou), Chekiang (Zhejiang) Province, he labored in the military garrison at Soochow (Suzhou), Kiangsu (Jiangsu) Province, where he made a number of converts. To develop the Christian community in Ch'ang-shu (Changshu), some 20 miles to the north, he established fourteen congregations headed by scholarly leaders. During the persecution of 1665 to 1671, de Rougemont was exiled to Canton (Guangzhou), where he participated in a conference dealing with missionary methods. Later he became pastor for fourteen churches and twenty-one chapels, which he administered with the assistance of lay brothers. Wu Li, the famous Ch'ing (Qing) dynasty painter and later a Jesuit, accompanied de Rougemont on one of his mission tours.
Besides several catechisms in Chinese, de Rougemont wrote an important essay on the need for an indigenous clergy and an account of his exile in Canton. Preparing to go to the island of Ch'ung-ming (Chongming), he died at T'ai-ts'ang (Taicang), near Shanghai, and was buried in Ch'ang-chou (Changzhou), Kiangsu.”
Besides several catechisms in Chinese, de Rougemont wrote an important essay on the need for an indigenous clergy and an account of his exile in Canton. Preparing to go to the island of Ch'ung-ming (Chongming), he died at T'ai-ts'ang (Taicang), near Shanghai, and was buried in Ch'ang-chou (Changzhou), Kiangsu.”
According to The Beijing Center for Chinese Studies “Rougemont’s extremely rare eyewitness account of the Manchu campaigns against Zheng Chenggong (Koxinga) along with an account of the foreign missionary activities in China. The first part of this work gives a detailed description of the Manchu consolidation of power in the south of China, including an account of the career of the Chinese pirate leader, Zheng Zhilong – who achieved great power in the transitional period between the Ming (1368–1644) and Qing (1644–1911/12) dynasties – and his son Zheng Chenggong (Koxinga), against whom the Manchus campaigned. In the second part the author describes the events at the Qing imperial court during the Shunzhi period (1644-1661), as well as the fate of the Ming pretenders in the south. The final part contains the history of the so-called Ao Bai (Oboi) Regency (1661-1669) with primary emphasis on the trials and persecutions of the missionaries. It ends with the Kangxi emperor’s formal assumption of power. Rougemont was taken prisoner at Canton and used the time in prison to write the original account Relaçam do estado politico e espiritual do Imperio da China, pellos annos de 1659, atè o de 1666, published in Lisbon in 1672. “
Referências a Macau que "dista 600 léguas da Corte de Peking"
The book gives a deep insight of China from a European point of view, the Manchu campaigns, European missionary activities and the attacks inflicted on Christian settlements during the 1660’s. The author settled with Fr. Intorcetta in Nanking in 1659, wrote the present history in prison and died in Chiang-chow 1676. The publication includes two letters by Father Bartolemeu de Espinoso (from Macao), and by Father Gabriel Magalhães (from Pekin) vividly accounting for the situation lived at that period. The work also provides information on the the Chinese pirate leader, Zheng Zhilong.