Radicado em Macau há muitos anos, António Neves Coelho nome incontornável da gastronomia portuguesa em Macau, morreu aos 77 anos.
Nascido em Portugal conhece Macau quando cumpriu o serviço militar obrigatório em 1970. Integrado na CCAÇ2760 (Companhia de Caçadores) viajou no paquete Timor onde era responsável pela cozinha. Em 1997 regressou ao território trabalhar na área da restauração tendo colaborado em vários eventos relacionados da transferência de soberania de Macau para a China.
Foi chefe de cozinha no Clube Militar de Macau e no restaurante português "Espaço Lisboa" (Coloane). Em 2007 trabalhou em Hong Kong e inaugurou o seu grande projecto pessoal, o restaurante "António" na Taipa (Rua dos Clérigos) onde granjeou reconhecimento internacional com uma recomendação no Guia Michelin e vários prémios. Mais tarde abriria na mesma rua o "Tapas de Portugal".
Entre os pratos de maior fama contam-se o "Camarão Tigre Fresco ao Alhinho", "Sopa de Lagosta", "Ameijoas à Bulhão Pato", "Casquinha de Caranguejo À Macaense", etc.
Para além de Maitre Rotisseur da Association Mondiale de la Gastronomie, de França, era membro da Confraria da Gastronomia Macaense, da Associação Culinária de Macau e da Confraria do Vinho do Porto.
Em 2013 foi distinguido com a medalha de mérito turístico da RAEM e em 2015 recebeu a medalha de mérito das comunidades portuguesas do Governo Português. Em 2020 António Coelho esteve envolvido numa disputa legal com a empresa proprietária do restaurante da qual saiu vencedor em tribunal.
Nos últimos anos teve uma colaboração estreita com o "Angela’s Café and Lounge" do Hotel Lisboeta.

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