segunda-feira, 29 de junho de 2015

Terra de Maravilha

Folheto de âmbito turístico editado em Portugal no final da década de 1950 pela Agência Geral do Ultramar. Foram feitos vários e em diversas línguas nesta década e na de 1960. Em inglês esta edição intitula-se "City of the name of God" - Land of wonder. O desenho da capa é da autoria de Fausto Rocha. Tiragem: 5 mil exemplares.
O folheto é de dimensões reduzida (de bolso) com cerca de 30 páginas, muito ilustrado e com informações breves de carácter útil sobre o território. A edição que possuo tem ainda a particularidade de incluir 2 selos da emissão "flores" de 1953.
Aos potenciais turistas portugueses que pretendessem visitar Macau informava-se que "a viagem demora, aproximadamente, mês e meio e o turista que, largado de Lisboa, queira visitar Macau tem amplo tempo para descansar e ver algumas das mais belas e populosas cidades do Oriente. Os navios desta carreira escalam, entre outros, os portos de Porto Said, Suez, Mormugão, Singapura, Hong Kong e Macau. Alternadamente visitam também Dili, capital do nosso Timor e Manila, nas Filipinas."
"Em 1910, Macau tinha apenas 3,380 quilómetros quadrados. Por causa de aterros efectuados para a construção do seu porto exterior e devido à reunião de lodos trazidos pelos braços do delta passou a contar, em 1927, mais 2,042 quilómetros quadrados. E desde essa altura, mercê de novos trabalhos a superfície da cidade não deixa de aumentar. (...) A cidade tem uma vida intensa vida nocturna. Talvez de noite ela, seja ainda mais bela, mais aliciante, mais sedutora e mais original. Uma volta de automóvel por Macau faz-se em vinte minutos. O carro deixa a Almeida Ribeiro e entra na rua Pereira Marques, de grande movimento de gente e muita vida comercial. (...)"
Entre as informações ao turistas destaque para a indicação dos hotéis e preçários (“Principais Hotéis Europeus” - Riviera, Bela Vista, Pousa de Macau) e Principais Hotéis Chineses” - Central, Kuok Chai); Restaurantes (Fat-Siu-Lau, Golden Gate, Ruby, Long Kei, Golden City); Teatros, cinemas e outros divertimentos (centro de diversões nas pisicinas municipais, salão de dança do hotel Central, cinemas Capitol, Apollo, Império, Oriental e Cheng Peng);
Acontecimentos anuais (Macau Grand Prix, Concurso hípico, Feira Popular, Feira dos Santos Populares, Exposição Filatélica; Festas religiosas (procissão Senhor dos Passos e N. Sra. Fátima);
Horário dos vapores da carreira de Hong Kong («Tak Shing», «Tai Loy» e «Fat-Shan»); endereços dos Consulados da Grã-Bretanha, Holanda, Tailândia e Delegação Especial do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China;
Principais bancos (Banco Nacional Ultramarino, Banco Tai Fung e Banco Lam Tong); Agências de viagens (Agência Geral de Turismo, H. Nolasco & C.ª Lda., Companhia de Auto-carros «Fok Lai» e «Macao Air Transport»).
 

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Batalhas da Companhia de Jesus (1894)

Batalhas da companhia de Jesus Na Sua Gloriosa Província do Japão pelo Padre António Francisco Cardim. Inédito destinado à X Sessão do Congresso Internacional dos Orientalistas por Luciano cordeiro, Lisboa, Imprensa Nacional, 1894.
António Francisco Cardim, natural de Viana do Alentejo, nasceu por volta do ano de 1596, vindo a morrer ao pé de Moçambique, no ano de 1659. Padre da Companhia de Jesus, muito novo foi para o Extremo Oriente, mais propriamente China e Tonquim e regressando pouco depois a Macau, tendo passado por Goa. Este livro é um relatório do que fez a Companhia de Jesus na Província do Japão tendo começado por se estabelecer em Macau. O documento manteve-se inédito até 1894.
Capítulos (293pp): 
Principio e Progresso da Província da Companhia de Jesus em Japão; Dilata-se a Província de Japão em Vários Reinos»; Colégio de Macau, Cabeça da Província do Japão; O Novo Rei da China Manda Um Presente à Igreja de Macau; Do Estado Presente do Japão; Sucesso e Resposta da Embaixada de Japão; Novas Noticias de Japão; Breve Descrição do Reino de Annam; Entram os Religiosos da Companhia de Jesus na Corte Quecho, no reino de Annam; São Desterrados os padres do Reino de Abbam;  São Bem Recebidos os Padres na Corte de Annam; Favor de Deus aos Cristãos de Annam; Meios Como Tomaram Para o Progresso da Cristandade de Annam; Os Padres Que Foram ao Reino de Annam; Perseguições que Padeceram as Cristandades de Annam; Constância dos Cristão No Rigor das Perseguições; Consola Deus os Cristãos de Annam; Da Grande Estima da Lei de Deus na Corte e no Reino de Annam; Disputas que o Padre Félix Moreli teve Com o Príncipe de Annam; Estado Presente da Cristandade do Reino de Annam, em 1649; Casos Admiráveis Que Sucederam na Cristandade de Annam no Ano de 1648; Cópia de Uma Carta Que O padre João Cabral Escreveu a Nosso Muito Reverente Padre Geral, Sobre a Visita que Fez na Cristandade de Annam, em 1654: Entram os Religiosos da Companhia de Jesus na Cochinchina; Perseguições que Padeceu a Cristandade de Cochinchina em Ódio de Nossa Santa Fé; Como Foi Preso Por Nossa Santa Fé Com Outro Cristão do Mesmo Nome o Catequista André, Proto Mártir da Cochinchina; Executa-se a Sentença de Morte no catequista André e do Mais Que Sucedeu; São Presos na Cochinchina Nove Catequistas Em Ódio à Nossa santa Fé; Executa-se a Sentença de Morte só Em Dois; 
A Vida e Virtudes do Mártir Catequista Thay Inácio e do Catequista Vicente; Gloriosas Mortes Por Nossa Santa Fé de Agostinho Aleixo e Simão, Cochinchinas; A Morte do Tirano Thay Baú, Rei da Cochinchina; Sucede-lhe Seu Filho Chuongeá; Estado Presente do Reino da Cochinchina no Ano de 1648; O Estado Presente da Cristandade da Cochinchina no Ano de 1648; Nova Missão na Ilha de Haynam; Continua o Padre Bento Matos Com a Cristandade da Ilha de Haynam, Com Grande Crédito da Lei de Deus; Perseguições que Se Levantaram Contra a Lei de Deus e Contra o Padre Bento Matos; Entra de Novo na Ilha de Haynam o Padre Bento de Matos; Sucesso dos Padres da Companhia; Missão do Reino do Camboja. O Reino de Camboja; Descrição do Reino dos Laos e Seus Costumes; Entra o Sagrado Evangelho no Reino dos Laos Pelos Padres da Companhia de Jesus; da Perseguição Que se Moveu Contra o Padre João Leiria e o Fim Que Teve; Revoga El-Rei a Sentença de Desterro ao Padre Leiria Com Grande Crédito do Padre e Da Nossa Santa Lei; Missão Na Ilha de Macassa; Missão do Reino de Sião e Causas Porque se Largou.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

S. João Baptista e o Dia de Macau

Num documento de meados do século XVII encontra-se referência a quatro santos padroeiros de Macau: São João Baptista; S. Francisco Xavier cuja festa se celebrava na igreja da Madre de Deus; N. Sra. da Conceição (por via de D. João IV em Portugal) e Catarina de Sena.  
O documento é de 1647 e refere-se a uma reunião dos oficiais do Senado que "acordaram que no dia em que se fizesse a festa de cada um dos ditos Padroeiros (de Macau), convém a saber: — a Virgem N. Senhora da Conceição, o glorioso S. João Baptista, S. Francisco Xavier e S. Catarina de Sena, os oficiais que naquele ano servirem de juízes, Vereadores, Procurador da Cidade e Escrivão da Câmara se confessem e comunguem na igreja em que se fizer a festa de cada um dos ditos Padroeiros".
Para hoje, refiro-me apenas a S. João Baptista explicando que que as tropas holandesas foram vencidas quando tentavam invadir o território a 24 de Junho de 1622.
Monsenhor publicou um artigo sobre o tema na década de 1980 e do qual recordo...
"Após a vitória de 1622, atribuída à protecção de S. João Baptista, o Senado fez o voto de mandar celebrar a festa do santo e assistir a ela em corpo gesto. No «Boletim do Governo de Macau, Timor e Solor» de 28 de Junho de 1851, p. 102, escreve Carlos José Caldeira acerca deste voto: «Procuramos em vão achar no archivo do Senado o termo original que se lavrou daquelle voto, e que ainda existia em 1782, segundo o testemunho do author da relação a que nos referimos; nem delle encontramos copia: mas no mesmo Senado existe uma antiga taboleta, onde se lê o seguinte: A 23 e 24 de Junho Véspera e Dia de S. João Baptista – tem obrigação o Leal Senado ir na Véspera, e Dia do Ditto Santo com a capa e volta a Missa Solemne na Sé Cathedral, como também às Vésperas.
Foi instituída esta Festa por um votto que o Senado fez por Termo na Caza da Câmara, junta em Conselho no ano de 1622. Isto em reconhecimento da distincta mercê, que Deos Nosso Senhor foi servido fazer a esta Cidade, nestes dois dias, em aliviar das Tropas Hollandezas, que na Praia de Cassilhas desembarcaram de bordo de treze (13) Nãos, de que os Moradores alcançaram Victoria no Campo de Moha, que pertenderam senhoriar com 800 soldados».
No plano junto da Guia, levantou-se uma cruz para comemorar a vitória e ali se dizia uma missa anual, chamada a Missa da Vitória. O Senado dava 5 patacas de esmolas e a ela assistiam muitos moradores e famílias, indo as crianças com flores e bandeiras; passavam lá o dia em músicas e folguedos e uma espécie de arraial. Esse sítio era outrora conhecido por «Campo dos Arrependidos», passando depois a chamar-se Campo da Vitória e a seguir Praça da Vitória. Em 1758, a Missa passou a dizer-se na Guia, caindo no esquecimento parece que desde 1844. Mais tarde, passou para a Sé.
A 24 de Junho de 1685, os oficiais do Senado fizeram os voto solene de, por si e pelos  seus sucessores, celebrarem a novena de S. João Baptista com a mesma pompa da que se celebrou nesse ano de 1685, com o intuito de confiar esta cidade ao seu protector e de obter por sua intercessão bom êxito da ida ao Japão da fragata S. Paulo, cuja missão era tratar de reabrir o Japão ao comércio com Macau."#

terça-feira, 23 de junho de 2015

Recordação da ponte cais nº 16 no Porto Interior

A fotografia é da década de 1980 e mostra a fachada principal da Ponte Cais nº 16 no Porto Interior. João Martins, autor da fotografia, recorda-se de "estar presente na inauguração desta ponte em 1948 pelo Governador Comandante Albano Rodrigues de Oliveira, que a 1 de Setembro de 1947 substituiu o Comandante Gabriel Maurício Teixeira que tinha exercido o cargo desde 1940."
Albano Oliveira tinha tido anteriormente o cargo de Presidente do Leal Senado de 2 de Janeiro de 1935 a 13 de Outubro de 1937, sendo fluente no dialecto cantonense.
Ao longo do Porto Interior, com início na entrada da Barra existem mais de uma dezena de pontes-cais. Até meados da década de 1960 o Porto Interior era a grande porta de entrada e saída no território (via marítima) em paralelo com a fronteira terrestre da Porta do Cerco.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Instituto Luís Gonzaga Gomes na SHIP

Ilustre macaense, nasceu em 1907 e faleceu na sua terra em 1976. Personagem plurifacetada, dotada duma enorme sensibilidade para a arte e literatura, postulou, toda a vida, uma simplicidade franciscana. Filólogo por excelência, foi, durante duas décadas, Professor do Ensino Primário e Director da Escola Pedro Nolasco da Silva, assumindo-se, desde muito novo, como um esclarecido conhecedor da língua e da cultura chinesa.
Tradutor e intérprete de reconhecido mérito, verteu, em língua chinesa, "Os Lusíadas, contados às crianças", elaborou o "Resumo da História de Portugal", o precioso "Vocabulário Cantonense-Português", assim como o "Vocabulário Português-Cantonense".
A ele se deve também a tradução (1945/6) para a língua portuguesa do conhecido livro "Ou Mun Lei-Leok", de autoria de Tcheng U Lám e Jan Kuong Iâm, dois altos funcionários chineses que no século XVII visitaram Macau e elaboraram pormenorizado levantamento sobre a administração, os usos e os costumes dos residentes estrangeiros.
Musicólogo de eleição, exerceu durante vários anos as funções de Director da Emissora de Radiodifusão de Macau, a par de outras como as de Conservador do Museu Luís de Camões (Macau), por si instalado na década de cinquenta, fundador e Director do Boletim do Instituto Luís de Camões (9 vol.), dos Arquivos de Macau (12 vol.), Tesoureiro do Grupo de Amadores de Teatro e Música, Secretário do Círculo de Cultura Musical, Chefe de Redacção da Revista "Renascimento", Secretário do diário "Notícias de Macau", etc., etc.
A par da vida cultural, Luís Gonzaga Gomes, que nunca negava a sua prestimosa colaboração, foi também Secretário da Associação e da União Desportiva Macaense, Presidente do Rotary Club de Macau, etc., bem revelado do seu altruísmo.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Corrida de barcos dragão em 1963

A propósito do Festival Tung Ng que por estes dias se assinala em Macau recordo uma notícia publicada no jornal Notícias de Macau a de 26 de Junho de 1963 sobre a prova de barcos dragão realizada na dia anterior com a meta instalada frente às barracas de banho da Associação de Natação Hoi Koc. 
«A interessante competição tipicamente chinesa atraiu à avenida marginal do Porto Exterior, não obstante ser dia de semana, milhares de pessoas, que enchiam toda a extensão daquela avenida marginal, desde S. Francisco até às barracas de banho. Muitos dos presentes encheram por completo a bancada das corridas de automóveis nas proximidades do Clube Náutico, as barracas de banho existentes e os pontos altos, donde se podia desfrutar melhor a popular prova.
Viam-se presentes várias entidades oficiais, entre as quais, Sua Excelência o Governador da Província e Sua Excelentíssima Esposa, o Deputado por Macau à Assembleia Nacional, o meritíssimo Juiz de Direito, o Comandante Militar, o Comandante de Defesa Marítima, o Presidente do Conselho Provincial de Educação Física, o Comissário Provincial da Mocidade Portuguesa, e outras individualidades. Participaram na prova oito barcos, cada um dos quais com uma tripulação de 13 remadores. Abrilhantaram o festival três juncos com o típico “Brinco do Dragão do Leão”, tão do agrado dos chineses.
Registaram-se os seguintes resultados:
1.º- Grupo Desportivo “Ló Leong”
2.º- Grupo Desportivo “Lei Lou”
3.º- Grupo Desportivo “Ló Leong”
4.º- Grupo Desportivo “Sun Sio”
5.º- Grupo Desportivo “Ká Hó”
6.º- Grupo “Coloane”
7.º- Grupo da Marinha Portuguesa
8.º- Grupo da Mocidade Portuguesa
No final, Sua Excelência o Governador procedeu à entrega dos prémios aos primeiros classificados e lembranças aos demais concorrentes, sendo os prémios constituídos por taças, porcos assados, galhardetes, vinho e bolos chineses».
Uma embarcação na Delegação do Turismo de Macau em Portugal (Lisboa)

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Uma "corrida" de táxi em 1964

Em 1964 uma "corrida" de táxi (até 4 lugares) custava 1,50 patacas. A "meia hora ou fracção" custava 4 patacas e o aluguer durante uma hora 8 patacas. Por cada meia hora de espera cobrava-se 1,50.  Só para se ter uma comparação nesse mesmo ano cada corrida de triciclo ou jerinxá custava 50 avos. 
Nas imagens a Companhia de Táxis Oriente localizada numa transversal da Av. Almeida Ribeiro.

terça-feira, 16 de junho de 2015

Um troço da Rua do Campo

Troço da rua do Campo fotografado nos anos 80 e 60 junto ao acesso à Rua Pedro Nolasco e ao antigo cinema Império inaugurado em 1953 sob o nome de "Broadway". Fechou em 1982.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Extracto parcial do Plenário da AL: 15 Junho 1978


Presidente Carlos Assunção: Está reaberta a sessão. Vamos prosseguir com o projecto de lei sobre a venda, exposição e exibição públicas de material pornográfico e obsceno. Este projecto de lei, depois de apreciado por uma sub-comissão, foi visto pela Comissão de Administração Pública e Autarquias Locais e veio hoje à apreciação do Plenário. Está aberto o debate na generalidade.Tem a palavra o Sr. Deputado Jorge Rangel.
Jorge Rangel: Queria fazer uma observação que me parece pertinente. Já que se fez uma alteração de fundo quanto à ideia inicial do diploma, gostava de dizer que adoptámos a legislação vigente em Portugal relativamente a esta matéria e adaptámo-la à realidade de Macau. Foi criada uma sub-comissão que apreciou a matéria e na última reunião, em que não estive presente, parece ter sido adoptado um critério diferente daquele em que tínhamos acordado no início.
Presidente: Tem a palavra o Sr. Deputado Diamantino Ferreira.
Diamantino Ferreira: Sr. Presidente. Hoje, não me sinto inspirado para fazer uso da palavra, já que estou fatigado mas, ainda assim, gostaria de dizer que o que este projecto pretende é combater a venda, exposição e exibição pública de material pornográfico e obsceno, mas de uma forma eficiente. Só o vamos conseguir se seguirmos a via que está presente no projecto, que até pode desagradar a muitos sectores mas, sejamos realistas: não nos podemos esquecer do artigo 37.º da Constituição da República, sobre a liberdade de expressão e informação. Também não nos podemos esquecer que este Território está sujeito à Constituição portuguesa.
Presidente: Creio que todos sabemos que a Assembleia não se livrará de algumas críticas quanto este diploma for aprovado. Talvez possamos dizer no preâmbulo que não interessam as taxas e que a sua única função é dar eficácia à própria lei.
Se o Plenário achar que há conveniência em que estejam presentes os Deputados chineses para que se pronunciem, podem requerer o adiamento desta proposta para sessão ulterior, e passamos à contribuição predial.
Diamantino Ferreira: Sr. Presidente, eu formalizo essa proposta de adiamento, até porque só dispomos de 60 minutos. Possivelmente, não conseguiremos aprovar este diploma em 60 minutos.
Kwong Bing Yun: Sr. Presidente, Srs. Deputados, Peço desculpa, vou ter que roubar-vos alguns minutos.
Do meu ponto de vista, acho que, entre o Ocidente e o Oriente, existe uma grande discrepância nos valores da moral. Por outras palavras, enquanto que, para os ocidentais, esta questão não é contra o pudor público, para os do Oriente, nomeadamente para nós, chineses, esta é uma coisa muito má. Concordo com aquilo que foi dito pelo Sr. Deputado Peter Pan, ou seja, para os chineses de Macau, a pornografia em filmes, publicações ou até em jornais á considerada nociva. Por outro lado, para o bem dos nossos jovens, devemos condicionar ou proibir a pornografia através da feitura de legislações bem rígidas e duras, independentemente da metodologia ou forma. Além disso, para o bom nome de Macau, é necessário proibir seriamente os materiais pornográficos. Vou dar um exemplo: No mês passado, aconteceu-me uma coisa que fez me sentir muito triste. Veio a Macau uma delegação religiosa de Hong Kong, e disseram-me, na altura, que em Macau há duas coisas muito famosas. Até lá não sabia de que é que estavam a falar, por isso, fui perguntar a eles que coisas são. Responderam-me que são duas coisas salgadas: filmes "salgados" (i.e. pornográficos) e água salgada. Através disto podemos ver que o nome de Macau está prejudicado. Daí, acho que devemos ter legislações mais duras para condicionar ou vedar as publicações ou filmes pornográficos. São estas as minhas opiniões.
Desculpem-me por ter roubado o vosso tempo.
Jorge Rangel: Sr. Presidente, dá-me licença que abuse mais um pouco da sua paciência?

Vou ser muito breve.Em relação ao que o Sr. Deputado Peter Pan disse, que 99% da população chinesa é contra os artigos pornográficos, isso talvez seja verdade mas, às vezes, fico com dúvidas sobre isso. Vejo que as casas de espectáculos apresentam filmes considerados impróprios por esses 99% da população, mas elas estão cheias! Quem enche as casas de espectáculos são pessoas de nacionalidade chinesa.
Posso citar um caso muito concreto e que respeita a uma pessoa que, por cinco vezes, protestou perante mim, na qualidade de presidente da Comissão de Assuntos de Espectáculos, contra a exibição de filmes pornográficos e que continua a ver filmes pornográficos. Essa pessoa, que até tem algumas responsabilidades pela profissão que desempenha, foi ver três vezes um filme, de que muito se falou, e que passou em Macau há algum tempo, sendo exibido pelas 11 horas da noite sempre com casa cheia. Não faltou sequer gente de Hong Kong para o ver. No entanto, protestou cinco vezes contra a exibição deste tipo de filmes. Quando lhe perguntei por que razão o foi ver três vezes, disse-me que gostava de ver esse tipo de filmes, ainda que não concordasse com a sua exibição.
A melhor solução para acabar com a exibição de filmes pornográficos em Macau passa por esses 99% de pessoas que não gostam de artigos e filmes pornográficos não consumirem esse tipo de produtos. Se assim fizerem, os produtos dessa natureza desaparecerão das lojas e as empresas que exploram as casas de espectáculos não exibirão mais filmes pornográficos, por tal representar um grande prejuízo para si, o que não acontece actualmente.
Presidente: Queria apontar o seguinte. As razões apresentadas para se propôr o adiamento da discussão deste projecto, ainda que com interesse, não garantem que na próxima sessão plenária tenhamos aqui a imprensa chinesa ou outros Deputados chineses. Parece-me que a solução seria requerer, nos termos do artigo 60.º do Regimento, a alteração da sequência das matérias. Qualquer Deputado pode requerer ao Plenário, sem expôr o motivo, a alteração da sequência das matérias fixadas para cada reunião.
Se o Plenário assim o entender, poderá deliberar nesse sentido. Portanto, em vez de deliberarmos que isto fica dependente daqueles factos já apresentados, limitávamo-nos apenas a alterar a sequência das matérias fixadas. Creio que é mais fácil e se chega ao mesmo resultado.
Se quiserem nesse sentido formular um requerimento...
Diamantino Ferreira: Queria esclarecer que não estamos aqui a angariar mais votantes. Estamos à espera de mais opiniões. Fique claro o meu requerimento. Não pretendo arranjar o maior número de pessoas para votar esta lei. Pretendo, isso sim, ouvir opiniões dos Srs. Deputados, porque aqui há um factor que importa considerar. Já que falamos de desníveis em matérias salariais, há aqui também um desnível em matéria etária, uma vez que há Deputados menos novos que nós e que podem dar uma contribuição importante. Quanto a nós, talvez devido à idade, tenhamos uma maneira diferente de ver o problema. Não estamos aqui em campanha eleitoral.
Presidente: Bom. Sim, faz favor.
Mário Isaac: Realmente, quando fiz a observação, não pretendia vincular a Assembleia a números ou percentagens. Parece-me evidente que toda a gente percebeu isso.Acho muito feliz a solução que o Sr. Presidente pretende que a Assembleia dê ao caso.Evidentemente, pode andar sempre na Ordem do Dia e pode ser sempre alterada a posição.Simplesmente, devo lembrar ao Dr. Diamantino Ferreira que, nestes assuntos de pornografia e erotismo, os mais velhos são, normalmente, conservadores. Aceito já, de caras, que os mais velhos que agora faltam nesta reunião representam votos contra. Muito obrigado.
Presidente: Vou pôr à votação a alteração da sequência das matérias. Os Srs. Deputados que concordam, deixem-se estar como estão. Os que discordam, queiram levantar o braço.
(O Plenário procedeu à votação) Presidente: Foi aprovada.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

"Não tenho estampilhas" (1887)

Na imagem está um telegrama remetido pelo Governador-Geral de Macau para o Ministério da Marinha e Ultramar, datado de 27.09.1887 com a seguinte mensagem: “Não tenho estampilhas que fazer”.
A resposta é dada a dois dias depois e o ministro informa que os selos serão remetidos em 11 de Outubro, e que até à recepção dos selos, tome as providências extraordinárias como em situações análogas.
Segue-se a resposta do Governador-Geral de Macau, Firmino José da Costa, pelo ofício n.º 372 de 5 de Outubro de 1887:
"Confirmando o meu telegrama de 27 de setembro findo e do teor seguinte “Não tenho sellos que fazer”apresso-me a participar a V. Ex.ª que recebi a seguinte resposta: Expedição sellos 11 Outubro. Até sua recepção tome providencias extroordinárias como casos análogos (a) Pelo Ministro – Pelo Director Correios – O Inspector Geral Correios – Alfredo Pereira.
A não se julgarem menos sãs as minhas faculdades intellectuaes, eu não encontro explicação ao conselho que naquele telegramma se me dá.
Nunca houve casos análogos a providenciar e, se os tivesse havido V. Ex.ª far-me-á a justiça, accreditará que eu não fazia uma pergunta tão inepta quanto desnecessária. A falta de estampilhas dá-se agora, pela primeira vez, e é a sua falta que eu vou remediar.
Permitta-me V. Ex.ª que não creio na veracidade da promettida expedição de estampilhas em 11 de Outubro, por isso que por mais de uma vez se me tem feito promessas idênticas em Officios e telegrammas sem que ainda até hoje mas tenham cumpridas.
Vou auctorizar a transformação de um determinado numero de sellos de verba em estampilhas de correio, e oxalá a remessa agora promettida venha antes de se consumirem os sellos transformados para que não me veja mais tarde impossibilitado de poder prover do remédio, faltos então de todos os meios de franquia."
Na sequência deste episódio o Ministro do Ultramar autorizou a sobrecarga de selos fiscais para serem utilizados no serviço postal de acordo com a Portaria Provincial n.º 133 de 17 de Outubro de 1887.
 Uma carta de 1887 enviada de Macau para o EUA

terça-feira, 9 de junho de 2015

segunda-feira, 8 de junho de 2015

"Macao: smuggle or die" na Time: Junho 1953

Na edição de 29 de Junho de 1953 da revista norte-americana Time foi publicado um artigo intitulado "Macao: Smuggle or Die".
"Across the river mouth from Hong Kong on the mainland of Red China is the tiny (eleven square miles) Portuguese colony of Macao, whose legitimate industries are the packaging of matches, firecrackers and Sin. Into Macao one day last week came the Portuguese ship Rovuma, with a cargo of iron and steel plates, machine tools and industrial chemicals. That night coolies shifted the Rovuma's freight into motorized junks, which began moving up the Pearl River toward Canton. Smuggling, for centuries a profitable career in these waters, has been brought to an art by the Communists (...)


No artigo surge uma referência ao navio da carga Rovuma da CNN construído em 1946. Apesar de ser essencialmente destinado ao transporte de carga tinha condições para levar a bordo cerca de uma dúzia de passageiros. A partir do dia 15 de Janeiro de 1962, o Rovuma passou a efectuar transporte de tropas e material de guerra (para o Estado português), mantendo-se ao serviço da Companhia Nacional de Navegação com direito ao uso de bandeira e flâmula e ao gozo das imunidades inerentes aos navios públicos.

sábado, 6 de junho de 2015

7 Junho 1963: missa pelo Papa João XXIII

Nascido Angelo Giuseppe Roncalli (João XXIII) a 25 de Novembro de 1881 em Itália  morreu no Vaticano, a 3 de Junho de 1963. Foi Papa desde 28 Outubro de 1958 até à sua morte. Em 1961 elegeu Paulo José Tavares Bispo de Macau e elevou D. José da Costa Nunes a cardeal em 1962.
A 7 de Junho de 1963 celebrou-se em Macau uma missa pela morte do Papa João XXIII. À dta. o Padre Massa, depois o Padre Tiberi (Escola de S. Paulo). O ajudante de Campo é o Alferes Calado. O governador corta a fita.

sexta-feira, 5 de junho de 2015

"Espaço Sereno" de Lawrence Aberhart

Espaço Sereno: Ghostwriting. Photographs of Macau by Lawrence Aberhart 
Catálogo da exposição de 2001 no Museu de Arte de Macau que reúne cerca de 60 fotografias da autoria do neo-zelandês Lawrence Aberhart. As imagens foram feitas em Nov./Dez. de 2000 com um máquina fotográfica do início do século XX (formato 8x10 polegadas).
No catálogo pode ler-se que:
"O interesse de Aberhart por Macau começou com uma curta visita, num fim de semana chuvoso, em Junho de 1997, de que resultaram as suas primeiras fotos de Macau. Macau foi para ele um Eldorado fotográfico, contendo todos os elementos que constituem a base das suas fotografias. Aberhart utiliza uma câmara de visor (view camera) de 8x10 polegadas e os seus tempos de exposição, dependendo da luz disponível, podem ser bastante longos. Por essa razão, o seu trabalho incide em geral sobre objectos estáticos: a documentação pormenorizada de edifícios históricos ou interiores de igrejas; monumentos históricos e comemorativos; e uma colecção impressionante de vistas paisagísticas. Há, no entanto, alguns temas dominantes ao longo dos seus trabalhos e que podem ser detectados nas suas fotografias de Macau."
"Aberhart's interest in Macau was initially aroused on a short, wet weekend visit in June 1997 that resulted in the first of his Macau photographs. Macau was like a photographic Eldorado for him. (...) Aberhart and his wife, Greta, stayed in Macau for one month during November and December 2000 and, except for a short trip to Toi Shan in China, woke early every day and spent the day walking and looking all around Macau. With his equipment, bag of photographic film plates and Macau's hills this was often tiring work. Aberhart met many local people who were extremely generous and helpful as can be appreciated by the variety of interiors that he photographed".

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Riquexós em vias de extinção

São uma das imagens de marca de Macau. Nem sempre tiveram esta configuração e foram durante décadas uma forma de transporte público no território. 
Após o final da segunda guerra mundial eram cerca de mil (com a configuração de apenas duas rodas). Na década de 1960 existam cerca de 300. Hoje são pouco mais de 60 e praticamente só utilizados pelos turistas correndo o risco de extinção. Já não se fabricam e são cada vez menos os que se interessam pela profissão.
Existe uma associação de profissionais do sector e o Turismo de Macau tem feito algum investimento para que os triciclos não desaparecem por completo.
J. Dyer Ball escreveu sobre os jerinxás de Macau nos primeiros anos do século XX (1905):“Jinrickshas There are a number of these useful little vehicles plying for hire and the gradients of most of the streets are not sufficiently steep, as in Hongkong, to prevent them going up and down hill. The fares of these licensed vehicles, unless altered of late, are as follows: An hour, or anything short of it, within the walls of the city: 5 cts. Outside of the city walls for an hour: 10 cts. And for each extra half-hour: 5 cts If two get into the same rickshaw, the price to be arranged with the coolie."

terça-feira, 2 de junho de 2015

Refugiados de Xangai em Macau /上海葡裔難民在澳門 / Shanghai Portuguese Refugees: 1937-1964

Exposição Documental “Refugiados de Xangai. Macau (1937-1964)”
Associando-se à comemoração do Dia Internacional dos Arquivos, o Arquivo Histórico de Macau, organismo dependente do Instituto Cultural, organiza a exposição “Refugiados de Xangai. Macau (1937-1964)” que estará patente entre 10 de Junho e 6 de Dezembro de 2015, a exposição será inaugurada no dia 9 de Junho, pelas 18:30, nas instalações do Arquivo Histórico de Macau, na Praça do Tap Seac. Exibindo-se nesta exposição os documentos sobre os movimentos migratórios portugueses de Xangai, que ilustram os itinerários da diáspora macaense, a preservação do património identitário dos macaenses em integração na sociedade de Xangai, a recepção e o apoio aos refugiados portugueses por parte do Governo de Macau, bem como os documentos reconstituintes da inteira biografia migratória de Clementina Fernandes, refugiada macaense de Xangai no trânsito para outras partes do mundo.
Realizar-se-ão diversas palestras durante o período da exposição, sendo a primeira palestra em 11 de Junho, das 18:30 às 20:00, proferida pelo Doutor Alfredo Gomes Dias, Professor Adjunto da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Lisboa, Portugal, na qual o orador vai analizar as características da migração dos macaenses, bem como o sistema de registo dos refugiados portugueses em Macau, as medidas de apoio, de assistência e integração, etc. A palestra será feita em Língua portuguesa, com tradução simultânea para Cantonês, na Sala de Conferências do Edifício do Instituto Cultural na Praça do Tap Seac. A entrada é livre e aberta à participação de todos os interessados.
Datas de Exposição: 10/6 – 6/12‧2015
Horário de Exposição:10:00 - 18:00 (Encerra às segundas-feiras e feriados)
Arquivo Histórico de Macau - Av. do Conselheiro Ferreira de Almeida, 91- 93. Entrada Livre

Macau foi território de abrigo para milhares de pessoas (portugueses, chineses e outras nacionalidades) que tiveram de fugir dos conflitos que assolaram a China, em especial pós a invasão da China pelo Japão (1937-1945) e após a subida ao poder do partido comunista em 1949.
上海葡裔難民在澳門 (1937-1964)檔案專題展覽
為慶祝“國際檔案日",文化局澳門歷史檔案館將於本年六月十日至十二月六日舉辦《上海葡裔難民在澳門(1937-1964)》展覽,開幕式訂於六月九日下午六時三十分在塔石廣場澳門歷史檔案館舉行。是次展覽將展示澳門土生葡人全球遷徙的歷史背景、土生葡人融入上海社會的文化優勢、葡裔難民從上海到澳門避難的經歷、澳門對葡裔難民的援助,以及上海葡裔難民克萊門蒂娜‧費爾南德斯(Clementina Fernandes)的文獻資料和個人物品等。
展覽期間亦會舉辦多場專題講座,首場講座將設於六月十一日下午六時三十分至八時正,由葡萄牙里斯本高等教育學院副教授日諒 (Alfredo Gomes Dias) 為主講嘉賓,向市民剖析澳門土生葡人的移民特徵,講述當時澳門對葡裔難民的登記制度、援助措施和生活狀況等。講座以葡語進行,同場設有粵語傳譯,地點為澳門塔石廣場文化局大樓演講廳,免費入場,歡迎有興趣人士參加。
展覽日期:10/6 – 6/12‧2015
展覽時間:上午10:00至下午18:00 (逢星期一及公眾假期暫停開放)
地點: 澳門歷史檔案館 - 荷蘭園正街91-93號 - 免費入場


Archival Exhibition“Shanghai Portuguese Refugees in Macao (1937-1964)”
In celebration of International Archives Day, the Historical Archives of Macao under the auspices of Cultural Affairs Bureau will present an archival exhibition “Shanghai Portuguese Refugees in Macao (1937-1964)” from 10th June to 6th December 2015, and will be inaugurated at 18:30 on 9th June at the Historical Archives of Macao on Tap Seac Square. The exhibition illustrate the historical background of the Macanese Diaspora around the world, the social inclusion of Macanese in Shanghai, the flight of Portuguese refugees to Macao and the aid they received in Macao. Also on display will be documentation and materials, including personal items of one of the Shanghai Portuguese refugees Clementina Fernandes. 
A series of lectures on the theme are scheduled during the exhibition period. The first one will be given by adjunct professor at the Lisbon College of Education, Alfredo Gomes Dias, on the characteristics of Macanese emigration and the registration system, relief measures and living conditions for Portuguese refugees in Macao. The lecture will be conducted in Portuguese with Cantonese simultaneous interpretation at the Auditorium of the Cultural Affairs Bureau on Tap Seac Square from 18:30 to 20:00 on 11th June. Admission is free. Members of the public are welcome to attend.
Exhibition Dates:10/6 – 6/12/2015 Exhibition Hours: 10h-18h (Closed on Mondays and public holidays)
Historical Archives of Macao - Av. do Conselheiro Ferreira de Almeida, 91/93.
Free entrance
Sugestão de Leitura: "Macau 1937-1945: os anos da guerra", de João Botas.

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Hospital da Mizericordia (S. Rafael): Junho 1863

Lúcio Augusto da Silva, cirurgião-mór de Macau em 1863, assinava no Boletim Oficial da época o "movimento de doentes" do Hospital de Mizericordia" (S. Rafael) onde os "indigentes" eram a maioria dos internados.
O 1º Congresso de Medicina Tropical realizou-se em Lisboa em meados de 1952 e foi realçado neste postal 'máximo' com uma ilustração do hospital de S. Rafael
 Vista sobre o hospital na década de 1950
O edifício alberga agora o consulado português em Macau
Comparativo anos 50 e anos 90
Assinalo assim o Dia Mundial da Criança já que neste hospital nasceram várias gerações de macaenses/portugueses até meados do século XX.