"No Largo [da Sé], todo rodeado de casas assobradadas, ainda adormecidas, escutavam-se os primeiros pregões do vendedor de pão fresco e o encarregado da iluminação pública apagava os últimos candeeiros de petróleo. Havia poucos madrugadores na missa. Só algumas mulheres de do, correndo as contas do rosário ou debruçadas sobre o confessionário, e ainda grupos que iriam passar o domingo em piqueniques, na terra-china, ou à Praia da Boa Vista, à Areia Preta, ou à Praia de Cacilhas, famosa pela transparência das suas águas. O chique era a missa das onze horas e depois o passeio à Rua Central onde os mouro-mouros tinham os seus estabelecimentos, pejados das últimas novidades da moda, e dali se descia a Calçada de Stº. Agostinho, mais conhecida pela Travessa das Onze Horas, para a Praia Grande".
«A sahida da missa». Fotografia da "Illustração Portugueza" de 28 de Dezembro de 1908.
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