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quinta-feira, 15 de março de 2012

Gems of the Orient: music by P. J. Lobo

Este é o título de um conjunto de três discos vinil LP's de 78 rpm gravados a título privado por Pedro José Lobo nos estúdios da EMI em Londres entre 1951 e 1955.
1- At Dawn melody (Dr.P.J.Lobo) - Pianoforte solo by Sergio Varella Cid; 2- Smiling Pet-Polka (Dr.P.J.Lobo) Silva Pereira (Violin)/Sergio Varella Cid (Piano); 3- In no man's land-Serenade (Dr.P.J.Lobo)-Silva Pereira(Violin) -Sergio varella Cid (Piano); 4- Pretty Smile-Melody- (Dr.P.J.Lobo)-Silva Pereira (Violin)-Sergio Varella Cid (Piano); 5- Butterfly) Sung by Owen Catley-Orchestra conducted by Philip Green; 6- Kiss me dear(Dr.P.J.Lobo) - Sung by John Hanson-Orchestra conducted by Philip Green.
Não sei se Pedro Lobo participou nas gravações. Certa é a presença do famoso pianista português Sérgio Varella Cid (1935-1981) - e com uma vida ainda mais recheada de peripécias que a do próprio Pedro Lobo e que na época vivia em Londres -  e do violinista Silva Pereira. As músicas são todas da autoria de Pedro Lobo. A maioria são instrumentais.
Casa de Pedro Lobo na década de 1950
Durante as décadas de 1940-50, antes de Stanley Ho aparecer em cena, o homem-forte de Macau foi Pedro José Lobo. Multifacetado, tinha tanto (ou mais) jeito para os negócios (fundou a Matco, Macau Aerial Transport Co. em 1948, na sequência do fim da carreira da Cathay Pacific com os aviões Catalina) como para a cultura (fundou o Círculo Cultural de Macau, Rádio Vila Verde). Era ainda um apaixonado pela música. Escreveu várias obras. Foi considerado o homem mais rico do Extremo-Oriente, sendo a base da sua fortuna o comércio de ouro. O autor de James Bond, Ian Fleming, visitou Macau em 1959 e entrevistou-o. Diz-se que a personagem "Goldfinger" se inspirava nele.

2 comentários:

  1. A Família Amarante deve muito a Pedro Lobo. Foi ele que financiou uma viagem a Manila para trazermos de regresso a Macau uma tia que estava gravemente doente. Foi ele que pagou, a título de empréstimo, a viagem para Portugal a minha Mãe, minha irmã e eu.
    Pedro Lobo era aquilo que foi escrito nos posts, homem forte nas finanças (dizia-se que grande parte de Timor e o negócio do café eram dele...). Juntamente com o Bispo de Macau Dom Policarpo, fazia uma parelha semelhante a Salazar e o Cardeal Cerejeira... Onde aparecia um, aparecia o outro. Lembro-me de duas netas dele (gémeas) descerrarem cada uma, uma fotografia de cada um, nas instalações da Igreja de Santo António.
    Relativamente à cultura, era um facto que a apoiava (na altura não se falava em mecenas). Muitos documentários sobre Macau tinham como banda sonora música da autoria de Pedro Lobo, embora as más línguas também dissessem que ele tinha quem compusesse por ele. Isso já não posso afiançar. Pessoalmente só tenho que lhe estar grato pelo que escrevi no início.

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  2. curiosamente entre uma série de discos que adquri esta semana, encontrei esta obra.

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