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quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Three-Masted Junk and a Sampan off Macao

 Three-Masted Junk and a Sampan off Macao. John Bushby. "Countries of the World"

"Junco de três mastros e uma sampana ao largo de Macau" é a legenda desta fotografia da autoria de John Bushby incluída num livro publicado na década de 1920 intitulado "Countries of the World".

terça-feira, 12 de novembro de 2024

Luigi di Camoens

Camões e a gruta em Macau foram motivo de vários artigos nos jornais italianos ao longo do século 19. Aqui ficam alguns exemplos a propósito dos 500 anos do nascimento do poeta que se assinalam este ano.
Na edição nº 4 do "Magazzino Pittorico Universale" em 1837 G. B. Franchi assina o artigo que inclui duas ilustrações em separado, um retrato do poeta e a gruta.
Várias edições de 1847 (13 de Maio, por exemplo) do "Il Mondo Illustrato - Giornale Universale" incluem artigos da autoria de Pietro Pesce e várias ilustrações. Ver ainda a Rivista Illustrata Settimanale no ano de 1880.
Litografia "Ao tricentenário de Luiz de Camões: aos 10 de Junho de 1880, Rio de Janeiro", Brasil. Em baixo um pormenor da gravura: a gruta de Camões em Macau.

segunda-feira, 11 de novembro de 2024

Pormenores na antiga igreja Mater Dei

18.10.1834 Chinnery
 

George Chinnery desenhou/pintou a igreja de Mater Dei antes e depois do último grande incêndio de 1835 do qual restou apenas a fachada. (ver imagens)

3.8.1835 Chinnery

Na obra de 1834 é possível ver do lado direito a torre sineira ao passo que na obra de 1835 dessa torre já praticamente nada existe. Outro pormenor curioso é o conjunto de arcos abobadados representado do lado direito. Um desses arcos pode também ser contemplado numa fotografia de 1875 - já após o tufão de efeitos devastados de Setembro de 1874. Nesse mesma fotografia - da qual apresento apenas uma parte - destaco o facto de ao fundo ser possível ver uma pequena construção com um tecto em abóboda.

Detalhe de uma fotografia de 1875

"A igreja principal é a de Sám-Pá (São Paulo), que fica a nordeste de Macau, encostada a uma montanha e tendo de altura vários tch´âm (2,64 metros). Na parte lateral do edifício, abrem-se portas, feitas com estreitas e compridas pedras esculpidas e incrustadas com ouro azulado, que brilham fulgurantes. A parte superior parece-se com um docel voltado. Os lados são rendilhados, encontrando-se espelhados neles admiráveis jaspes. Aquela que dizem ser a Mãe do Céu chama-se Maria. A sua figura é de uma jovem abraçando uma criancinha que se chama jesus Senhor do Céu. O fato não é cosido e cobre todo o corpo que, desde a cabeça é revestido duma simples pintura e dum véu esmaltado. Em se olhando para ela, dir-se-ia que foi moldada. Ao lado, encontram-se trinta figuras. A sua mão esquerda segura a esfera armilar. Os quatro dedos da direita fazem lembrar o gesto de quem discursa. Os cabelos e as sobrancelhas são caracterizadas por pesados lóbulos; o nariz alto; os olhos como se estivessem a contemplar qualquer cousa distante; a boca, com a atitude de quem quer falar."
Excerto de "Ou-Mun Kei-Léok - Monografia de Macau", cujo título original é Aomen jilüe 澳門紀略, da autoria de Tcheong-U-Lam e Ian-Kuong-Iâm e publicado em 1751. A tradução é de Luís Gonzaga Gomes e faz parte da edição em português desta obra editada pela Repartição Central dos Serviços Económicos - Secção de Publicidade e Turismo, Macau. Imprensa Nacional, 1950.

domingo, 10 de novembro de 2024

Uma imagem e várias soluções gráficas

 

Esta é uma imagem icónica da baía da Praia Grande em Macau no final do século 19.
Neste post mostram-se várias soluções gráficas para a mesma imagem.
Para referência ao fundo ao centro pode ver-se o hotel Boa Vista.

sábado, 9 de novembro de 2024

China Landungsplatz "Praya Grande"

Esta ilustração com a legenda  "China Landungsplatz "Praya Grande" in Macao Anfang  19.Jhrdt. Grafik von 1901" / Local de desembarque da China "Praya Grande" em Macau no início do século XIX" surge numa publicação alemão de 1901. 
Trata-se da reprodução da imagem publicada em 1836 no livro "An Historical Scketch (...)" da autoria do sueco Anders Ljungstedt. 

Sugestão de leitura: 
"Historien om Macao och Ostindiehandeln: jämte en redogörelse för den katolska missionen och kyrkan i Kina samt en beskrivning av staden Kanton och dess handel"
Livro em sueco publicado em 1999 em Hong Kong. Reúne o que Ljungstedt publicou entre 1832 e 1835.

Tradução do título em sueco:
"História de Macau e do comércio das Índias Orientais: juntamente com um relato da missão católica e da Igreja na China, e uma descrição da cidade de Cantão e do seu comércio."

sexta-feira, 8 de novembro de 2024

"Macao, Still Awaiting 20th Century, Gambles On"


"(...) The round casino on the first floor of the Lisboa Hotel here is always packed with gamblers. Chinese grandmothers in silk pajamas shuffle across the floor in low-heeled mules carrying green and red plastic bowls filled with pataca, Macao's currency. Carefully dressed Hong Kong businessmen who arrived by hydrofoil from across the Pearl River estuary mingle with the more successful immigrants who walked to this Portuguese territory through the barrier gate from China.
In novels, Macao is the capital of intrigue where beautiful Eurasian women get mixed up with sinister drug dealers or smugglers who use this territory's ancient trading connections with mainland China, Hong Kong and Europe to move valuable pieces of Chinese art.
''Macao is fiction,'' said Lee Tin Yau, a textile merchant. ''It is a place that exists most vividly in books. Today it is a place to gamble or buy antiques or daydream. Macao was once an important place, a hundred years ago. No more.''
Popular Gambling Area
''People come here to gamble,'' said Chow Ho Lee, a Hong Kong fabric salesman who comes to Macao at least twice a month to play fantan. In this ancient Chinese game, an inverted silver cup is plunged into a pile of porcelain buttons and pulled away. The bets are placed, the cup is lifted and the buttons are counted off in groups of four until four or less remain. ''My number is three,'' said Mr. Chow.
Excerto de artigo da autoria de Pamela G. Hollie publicado na edição de 8.4.1982 do The New York Times

quinta-feira, 7 de novembro de 2024

Curiosidades sobre o molho/óleo de ostra

Um dos principais nomes associados ao óleo de ostra é Lee Kum Kee (李錦記) numa referência ao fundador da marca, Lee Kum-sheung, tido como o inventor por acidente* do produto no ano de 1888 em Nansui (南水), Zhuai. Foi desta localidade que Lee rumou a Macau em 1906 onde se instalou como um dos principais fabricantes, a par de nomes como a Hop Sing Lung Oyster Sauce Co (合勝隆蠔油庄), criada em 1928 por Chan Cheung-chi (陳象池), natural de Zhongshan. Numa actividade que também abrangia a indústria da pesca criou então em Macau a empresa Óleo de Ostra Hap Seng Long, nome português para o Hop Sing Lung Oyster Sauce, marca que levaria até Hong Kong na década de 1930.
Na década de 1960 a Hop Sing era um dos principais fabricantes de óleo de ostra em Macau onde também existiam as marcas Lee Kum Kee/ Lei Kam Kei (Yu Lee/U Lei) (no final da Avenida de Almeida Ribeiro, junto ao Porto Interior)*, Ving/Veng Sang (榮甡), fundada em 1902, Fook Tai Lung (福泰隆) e Kwong Heng Leng** (fundada em 1915 no Largo Governador Tamagnini Barbosa). 
A Hop Sing tinha ainda a particularidade de se dedicar à pastelaria, nomeadamente no fabrico dos chamados bolos lunares.

As fotos a preto e branco são da autoria de Neves Catela (década 1920/30) e mostram as instalações na Rua Almirante Sérgio, no Porto Interior.

Na Av. de Almeida Ribeiro um escritório da empresa numa foto já do século 21.

* Segundo reza a história, um dia Lee Kum Sheung estava a cozinhar ostras mas estava tão ocupado que se esqueceu de apagar o fogão. Ao sentir um cheiro forte vindo da cozinha, voltou ao fogão onde encontrou no wok uma espessa camada de pasta escura com um sabor fabuloso... nascia o molho de ostra. A empresa também ficaria conhecida pelo fabrico do molho de camarão.
** em cima instalações da Kwong Heng Long na Taipa em duas imagens; séc. 20 vs séc. 21. Produzia molho de ostra e molho de camarão de forma artesanal.

quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Cartas náuticas semelhantes

As cartas náuticas apresentadas neste post são todas da autoria do cartógrafo francês Jacques Nicholas Bellin (1703-1772) e foram produzidas em meados do século 18. Bellin fez ainda o "Plan de la Ville et du Port de Macao".
Carte de La Grande Baye de Canton

"Carte De L'Entree De La Riviere De Canton Dans La Chine". 
Versão a cores e a preto e branco ca. 1750. 

A imagem abaixo, por exemplo, faz parte da obra de 5 volumes publicada em 1764 "Le Petit Atlas Maritime Recueil De Cartes et Plans Des Quatre Parties Du Monde", de Bellin.

A primeira publicação - imagem abaixo - é de 1749
Carte de l'Entrée de la Rivière de Canton.
Dressée sur les Observations les plus Récentes.

terça-feira, 5 de novembro de 2024

"Wharves of West Ward of Macau": curiosidades

Na época - quando os rolos a cores ainda não se tinham vulgarizado - a cor era 'introduzida' nestes postais de forma manual, ou seja, eram feitos um a um, daí que cada postal tenha um resultado diferente em termos de cores.
Esta fotografia é uma imagem icónica da década de 1950 em Macau. Foi tirada muito provavelmente do hotel Kuok Chai e nela pode ver-se o vapor/ferry Takshing atracado numa das docas do Porto Interior junto à rua das Lorchas. A tradução literal é "Cais do Bairro Oeste de Macau".

 

segunda-feira, 4 de novembro de 2024

The capital of the tycoon: a narrative of a three years'residence in Japan

" (...) To look at Macao, as the steamer heads into its picturesque bay, see its imposing buildings, its convents and cathedrals, its praya and its batteries, with green hills and tree-embowered villas, no one would guess that this was the home of poverty and longdeparted prosperity - where bankrupt aliens find a refuge, and a mongrel race of Portuguese, Chinese, and Africans from Goa, all commingled, swarm, and breed, and live - God only knows how ! Once great and wealthy (built up chiefly with the gold and the spoils of Japan), in the pride of triumphant rivalry with Great Britain in her Eastern trade, then only in its infancy, it had long fallen into the sere and yellow leaf of a gradual decay, when our first war with China gave one of those chances which - to nations as to individuals - seldom come more thanonce in a cycle, of seizing fortune in its passage, and emergingfrom poverty to wealth, had those who governed only beengifted with sufficient prescience to see their opportunity. Theyhad but to declare it a Free port, and shake off the evil spell of mandarin rule, to become the great emporium of Western trade - become what Hongkong now is. It may, at all events, admit of question, if this bold and vigorous step had been taken at the right moment, whether, notwithstanding all the disadvantages of a shallow bay and bad anchorage attaching to Macao, the new colony of Hongkong would ever have beenadopted as the head-quarters of British houses. With its impracticable hills, its sultry and unhealthy atmosphere, its inconvenient distance from the main land, and the rivers which form the great lines of traffic between the interior and the coast, nothing could be less inviting. 
It had, originally, but one recommendation, in the natural advantage of a tine bay. But to this the British Government could attach freedom fromall the petty worry and vexatious exactions of corruption - in the hybrid form of a Portuguese colony, crossed by a Chinesecustom house. And above all, perhaps, security to life andproperty, only to be found in those latitudes under the British flag. We were very slow, however, as is our wont, to makeup our minds. Our merchants did not move; and an offer was even made to the Portuguese Government to purchase their right of possession of Macao, such as it was, under Chinese rule. Fortunately for us, in some respects at least, the pride of Portugal refused to cede this last poor relic of former greatness; and while we were thus groping our way, they missedthe only chance in a century of bringing back trade and wealth to their starving colony, by declaring it a free port, and ridding themselves of the incubus of a Chinese custom-house.

With a curious inconsistency, they took this very step, and ejected the Chinese officials when it was too late by ten years to profit them; and the bold step only cost the Governor his life, without any corresponding advantage to his country. to be as unfortunate for a man to arrive too late as too early, on the world's stage, when he has a part to play. Ten years earlier he might have changed the destiny of the two colonies; coming too late, he only sacrificed himself and changed nothing. Millions of dollars had then been expended on the sunbaked and sterile hills of Hongkong - by the Government, in roads, and barracks, and public offices; by our own merchants and those of other nations, in houses and godowns - driven at last to this expensive alternative by the vexatious impediments to which their trade was exposed in Macao, under the joint Chinese and Portuguese rule. Trade had irrevocably followed the heads and the purses which gave it vitality; and not even the pleasant hills and green shade of Macao, nor its fresher breezes, could ever while them back again. 
It is but a four hours' passage from Hongkong to Macao, and a passenger lands on the praya, while the convent bells fill the air with their chimes, feeling as though he had traversed a whole hemisphere in that short space - passed into another climate, and suddenly found himself in an old watering-place on the coast of Portugal in the year 1600! Here dark-tinted women in their black Mantos saunter through the streets, as to this day they saunter in the provincial towns of Portugal. The bright-colored kerchief round the head, and swarthy skins, meeting you at every step, tell of long connection with Goa and African possessions. Dwarfed children of all hues under the sun, and lazy-looking monks, or sable-i'obed padres, with portentous shovel hats, either drone through the halfdeserted streets (become too large for its population where the Chinese do not fill up the space), or help to swell some monkish procession, wending its way to the cathedral, precisely as did Spaniards and Portuguese alike in bygone centuries (when Auto-da-Fe's were more in vogue), and presenting the same pictures and groups as may still be seen m the land of their birth. ' Coelum non animam mutant' is indeed specially true in this Portuguese colony. (...)

Ilustração e excerto de texto de "The capital of the tycoon: a narrative of a three years'residence in Japan". 2 volumes. Da autoria de Rutherford Alcock. Publicado em Nova Iorque em 1863.
Rutherford Alcock (1809-1897) foi um médico e diplomata britânico. Entre 1844 e 1846 foi cônsul em Fuzhou e Xangai na China. Em 1858 foi nomeado cônsul-geral no Japão e enviado extraordinário e ministro plenipotenciário. É deste último período que trata este livro.

domingo, 3 de novembro de 2024

GPM no "Boletim Informativo Macau" de 1954

"A Delegação de Macau do Automóvel Clube de Portugal levou a efeito, nos dias 30 e 31 de Outubro de 1954, um certame de automobilismo, que reuniu dezenas de volantes nacionais e estrangeiros de Macau e Hong Kong e milhares de espectadores, muitos dos quais vindos, propositadamente, da vizinha colónia britânica. 


O programa, conforme se anunciou (ver acima), constou de duas provas distintas, ambas entusiasticamente disputadas e acompanhadas com muito interesse. No primeiro dia realizou-se uma prova de velocidade-regularidade, com o concurso de 20 automóveis, dos quais 9 de Macau. No dia seguinte, teve lugar o Grande Prémio de Macau, ao qual concorreram 15 volantes, dos quais um apenas de Macau. Três outros caros vindos de Hong Kong não puderam participar nesta prova devido a acidentes sofridos na véspera, durante os treinos.(…) Ambas as provas se realizaram no «Circuito da Guia» que mede, aproximadamente, 6,27 quilómetros. (…) Este circuito, que mereceu as mais elogiosas referências de todos os concorrentes, só se conseguiu após intenso trabalho de preparação, nele intervindo não só os organizadores como também o pessoal das Obras Públicas. (…)


Sua Ex.ª o Governador ofereceu a artística e linda taça destinada ao vencedor, a qual custou cerca de mil e duzentas patacas, tendo sido feita expressamente em Lisboa.
Sua Ex.ma Esposa de Sua Ex.ª o Governador, Sr.ª Dr.ª D.ª Laurinda Marques Esparteiro, a convite da Comissão Organizadora, cortou a fita simbólica colocada para a inauguração do circuito, acto que foi sublinhado por uma salva de palmas. Seguidamente, a mesma Ex.ma Senhora declarou aberto o circuito. Felizmente, e não obstante os justificados receios de todos, não houve desastres graves a lamentar, durante a realização das provas salvo pequenos acidentes de que resultaram apenas ligeiros ferimentos em alguns condutores, com algum dano material. Ganhou brilhantemente o Grande Prémio, no qual se classificou vencedor absoluto, o hábil volante português Eduardo de Carvalho, que conduziu na prova um «Triumph TR2», de 1991 cm3. A prova de velocidade-regularidade foi ganha, também brilhantemente, pelo cabo da R. F. A. Robert Ritchie, que conduziu um «Fiat 1100».
Teve brilhante actuação o único concorrente de Macau, Fernando Macedo Pinto, que, num «MG Special» se classificou em 4.º lugar, revelando-se, em perícia e regularidade, tão bom como os melhores.(...) O Jantar de Gala efectuou-se no salão do Clube de Macau, na noite do dia 31, a que presidiu Sua Ex.ª o Governador."
Excertos retirados de "Macau Boletim Informativo", n.º 31, 1954


Os resultados finais:
Prova de velocidade-regularidade:
Vencedor absoluto (taça oferecida pelo Leal Senado da Câmara de Macau) : Robert Ritchie, Fiat 1100, com 79 pontos;
Vencedor da Classe A: Manuel Magalhães, Renault, com 108 pontos;
Vencedor da Classe B: 1.º – Robert Ritchie, Renault 1100, com 79 pontos; 2.º – Wen Lenard, Fiat 1100, com 94 pontos;
Vencedor da Classe C: 1.º – D. N. Steane, Hillman, com 86 pontos; 2.º Dr. A. Nolasco, Volkswagen, com 90 pontos;
Vencedor da Classe E: 1.º Fernando Ribeiro, Vauxhall, com 84 pontos; 2.ª Maria F. Ribeiro, Vauxhall, com 85 pontos.
Por categorias:
Carros de desporto ou especiais:
1.º – Vencedor absoluto: Eduardo de Carvalho, «Triumph TR2». Completou 51 voltas ao circuito, em 4 h. 3m. e 19,1s.
2.º – Paul du Toit, «Triumph TR2», com 51 voltas, em 4h. 4m. e 46 s; (foto acima)
3.º – Reginaldo da Rocha, «Triumph TR2», com 50 voltas, em 4h. 1m. e 55,5 s; ao lado do seu pai.
4.º – Fernando Macedo Pinto, «MG Special», com 48 voltas, em 4h. e 3,4s 
Carros de turismo:
Classe B: Robert Ritchie, Fiat 1100, com 48 voltas, em 4h. 1m. e 57,6 s;
Classe D: D. N. Steane, Hillman, com 46 voltas, em 4h. 1m. e 29 s.
Classe E: K. O. Mak, Ford Zodiac, com 45 voltas em 4h. 1m. e 56 s.;
Paul du Toi num Helvia Special
Macedo

sábado, 2 de novembro de 2024

Uma "doca fluctuante" em 1889

Tendo sido apresentada ao governo por A. de Gessler uma proposta para o estabelecimento de uma carreira de vapores que faça viagens regulares entre um porto da China e o de Salina Cruz, no Mexico, tocando em Macau, ilhas Sandwich e S. Francisco da California pedindo como meio de facilitar a realisação d'este serviço em condições vantajosas que se lhe conceda, alem da isenção do imposto de tonelagem, a permissão para estabelecer no porto de Macau uma doca fluctuante e um deposito tambem fluctuante para carvão de pedra e sal;
considerando que a carreira projectada muito poderá contribuir para augmentar o movimento do porto de Macau; considerando que se só por lei póde conceder-se a isenção do imposto de tonelagem não ha senão vantagem em attender aos outros pedidos acima indicados. Sua Magestade El Rei por bem pela secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultramar determinar o seguinte:
1º É auctorisado A Gessler a estabelecer no porto de Macau uma doca fluctuante 
2º Tanto na collocação d'esta doca como nos serviços a que ella é destinada deverá o concessionario sujeitar se aos regulamentos do porto e a todas as prescripções legaes que estiverem em vigor em Macau 
3º As tarifas de exploração da doca serão feitas de accordo com o governo havendo reducção para os navios de guerra que se utilisarem d'ella 
4º E egualmente auctorisado o mencionado A. de Gessler a estabelecer um deposito fluctuante para carvão de pedra e sal 
5º Com relação a este deposito o concessionario ficará egualmente sujeito aos regulamentos do porto e mais prescripções legaes 
6º As auctorisações concedidas por esta portaria não representam de qualquer modo um exclusivo em favor do concessionario 
7º O concessionario só poderá transferir as mencionadas concessões com approvação do governo
Paço em 27 de setembro de 1889 Frederico Ressano Garcia
Nota: Legislação feita em Portugal; a referida doca era no Porto Interior.

sexta-feira, 1 de novembro de 2024

Delegação do ACP em Macau

Novembro é sinónimo de Grande Prémio de Macau e de mais um aniversário - 16º - do blogue Macau Antigo. Será pois um mês onde o GPM estará aqui em destaque e haverá ainda, tal como em anos anteriores, um passatempo com oferta de livros. Fiquem atentos!
Criada em Julho de 1954, a delegação do ACP em Macau só teve instalações próprias mais de uma década depois. A inauguração aconteceu no Verão de 1967. A delegação passou a funcionar no rés-do-chão do prédio Montepio, nºs 2 e 4, na esquina entre a Rua da Praia Grande e a Av. Dr. Oliveira Salazar (posteriormente denominada Av. Dr. Mário Soares), ao lado, do restaurante Solmar e de duas agências de turismo, junto à estátua de Jorge Álvares (que ainda hoje existe e permanece no mesmo local) e ao então Palácio das Repartições/Tribunal. 
Estas três fotografias documentam a fachada do edifício e o interior das instalações – destaque para alguns cartazes da prova na recepção do edifício da delegação macaense do ACP que para além de organizar o Grande Prémio prestava serviços aos seus associados nos mesmos moldes que em Portugal.
Agradecimentos ao Centro de Documentação do ACP pela cedência das imagens