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quarta-feira, 23 de maio de 2018

Júlio Pomar: 1926-2018

Júlio Pomar, um dos nomes maiores da pintura moderna portuguesa, nasceu em Lisboa, em 1926. Frequentou a Escola de Artes Decorativas António Arroio e as Escolas de Belas-Artes de Lisboa (1942/44) e do Porto (1944/46), a qual abandonou depois de uma suspensão disciplinar por actividades estudantis. Expôs pela primeira vez em 1942, em Lisboa, numa mostra de grupo no seu atelier. A partir de 1946 fez parte da Comissão Central do Movimento de Unidade Democrática Juvenil (MUD), actividade pela qual foi detido no ano seguinte e condenado em tribunal. Em 1947 realizou a primeira exposição individual no Porto. Em 1949, por ocasião da participação na candidatura presidencial de Norton de Matos, de quem desenhou um retrato muito divulgado, foi afastado do lugar de professor de desenho no ensino técnico. Instalou-se em Paris em 1963. 
Considerado um dos artistas mais conceituados do século XX português, Pomar deixou uma obra marcada por várias estéticas - que vão do neorrealismo ao expressionismo, passando pelo abstracionismo - e uma profusão de temáticas abordadas. Dedicou-se especialmente à pintura, mas realizou também trabalhos de desenho, gravura, escultura e «assemblage», ilustração, cerâmica e vidro, tapeçaria, cenografia para teatro e decoração mural em azulejos.
Em 2004 foi condecorado pelo Presidente da República, Jorge Sampaio, com a Ordem da Liberdade. Quase dez anos depois, abriu o Atelier-Museu Júlio Pomar, em Lisboa, perto da residência do artista, com um acervo de cerca de 400 obras. Morreu esta terça-feira, 22 de Maio de 2018, aos 92 anos.

Obras de Júlio Pomar estiveram em Macau em pelo menos duas ocasiões: 1989 e 2015.


Nas imagens, o catálogo ilustrado e edição bilingue em português e chinês, referente à exposição de pintura de Júlio Pomar - que chegou a visitar Macau - realizado em Setembro/Outubro de 1989 na Galeria do Leal Senado. 

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