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domingo, 24 de março de 2024

Largo da Caldeira e Praça de Ponte e Horta


"Finalmente a caldeira da alfandega será trazida ao alinhamento do novo caes dando se lhe portanto mais 336 m2 de superficie muito necessarios para que possa receber e accommodar a esquadrilha do serviço de policia da Capitania do porto. Os detalhes da bocca e accessorios d'estas duas docas encontram-se nos desenhos apresentados no Ministerio. Sobre as boccas das caldeiras da barra e da alfandega lançar-se-hão pontes de ferro fixas de viga recta e com taboleiros de madeira bastando que a face inferior d'ellas fique a 1,5m acima do prea mar ordinario, visto que só serão utilisaveis para pequenas embarcações. Estas pontes manterão ininterrompida a communicação marginal de todo o caes até à fortaleza da barra."
Excerto de "O porto de Macau: ante-projecto para o seu melhoramento", de Adolpho Loureiro, 1884.
Em cima assinalei na planta a área representada na pintura
Para além da Caldeira da Alfândega, outra das legendas da planta da península de Macau em 1889 é a Fábrica do Ópio que ficava no largo/praça de Ponte e Horta, bem como o respectivo armazém cujo edifício ainda hoje existe.
Detalhe da Planta da Península de Macau (1889)

Em "Visões da China" Jaime do Inso escreve: "No Largo de Ponte e Horta, à beira do Porto Interior de Macau, fica um edifício baixo e comprido, com as características de uma antiga edificação portuguesa. É a fábrica do ópio."
Curiosidade: Chegou a existir em Macau a Travessa do Ópio, ia da Rua da Alfândega à Praça de Ponte e Horta.

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