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quarta-feira, 7 de junho de 2017

Sir Anders Ljungstedt (1759-1835)

Anders Ljungstedt (1759-1835) was a Swedish merchant and historian. He was born to a poor family in Linköping and attended Uppsala University for a time, but was forced to withdraw for lack of funds. In 1784, he went to Russia, where he worked as a teacher for ten years. Following his return to Sweden, he obtained employment in the Swedish government and served as Russian interpreter for king Gustav IV Adolf during his journey to Russia. Ljungstedt was later hired by the Swedish East India Company, but after it folded, he moved to Macau, where he resided for the rest of his life working as a merchant. The King of Sweden later made him a Knight of the Order of Vasa, and in 1820 he was also appointed Sweden's first consul general in China. Ljungstedt took great interest in the history of Macau and he is famous for being the first Westerner to refute the Portuguese claim that the Ming dynasty had formally ceded sovereignty over Macau. Ljungstedt never returned to his native country and was buried in the Protestant cemetery in Macau. Today, a high school in Linköping bears his name and an avenue in Macau (Avenida Sir Anders Ljungstedt, 倫斯泰特大馬路) was named in his honor in 1997.
Sir Anders Ljungstedt (1759-1835) foi um comerciante de origem sueca que se estabeleceu em Macau (ca. 1820), tendo sido designado pelo seu Governo como cônsul da Suécia na China. Segundo o jornalista e investigador João Guedes "Sendo um dos mais importantes, se não mesmo o mais importante elemento da comunidade comercial sueca por estas paragens, Ljungstedt não se limitava às suas actividades comerciais, pois mantinha relações de carácter político e de representação do seu país junto, não só das autoridades portuguesas, mas também das influentes comunidades inglesa e americana que exerciam actividades no Delta do Rio das Pérolas. Neste âmbito, e ao que parece a pedido dos comerciantes americanos, iniciou um projecto destinado a estabelecer a legitimidade histórica da presença portuguesa em Macau. Para esse efeito, Ljungstedt contou com o precioso auxílio do bispo de Pequim, D. Joaquim de Sousa Saraiva", que passou por Macau em 1805 com destino à diocese de Pequim.
Nos anos em que aguardou em Macau pela autorização da corte imperial chinesa D. Joaquim dedicou-se a recolher e estudar os manuscritos que se encontravam nos arquivos da diocese macaense com o intuito de, tal como Ljungstedt, fazer uma história de Macau. Ainda de acordo com João Guedes "ambos estabeleceram relações de interesse mútuo pelo passado local, o que levou a que o bispo português acabasse por facultar, e provavelmente traduzir para Inglês, muita da documentação que tinha coligido e que facultou a Ljungstedt." que viria a publicar em Boston (EUA) em 1836, com o título “An Historical Sketch of the Portuguese Settlements in China and the Roman Catholic Church and Missions in China & Description of the City of Canton”, aquela que é considerada a primeira obra que sistematiza a história de Macau.
João Guedes conclui que "Ljungstedt viria a ser acusado de tentar, com aquela obra, minar a presença portuguesa em Macau, ao concluir pela inexistência de provas documentais sobre a alegada oferta de Macau a Portugal pela China em troca do auxílio na luta contra os piratas". 
Ljungstedt morreu a 10 de Novembro de 1835 e encontra-se sepultado no cemitério protestante de Macau, perto do Jardim de Camões. 
Em 1997 foi homenageado na toponímia local tendo o seu nome numa avenida de Macau.
Nota: Já em 1832 Ljungstedt tinha publicado, ainda em Macau, o livro "Contribution to an historical sketch of the Portuguese settlements in China, principally of Macao, of the Portuguese envoys and ambassadors to China, of the Roman Catholic Mission in China and of the Papal legates to China", com 174 páginas. Ljungstedt escreveu ainda na publicação The Canton Miscellany, impressa na tipografia da English East India Company entre 1831 e 1832.

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