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sexta-feira, 15 de novembro de 2013

G.P. Macau: uma tradição no Oriente (2ª parte)

(continuação)
Um ano mais tarde, os carros voltavam ao Circuito da Guia, então já completamente asfaltado. E não foi preciso esperar muito para que aparecessem as bancadas em cimento armado. Todos os anos algo melhorava, o que se percebe até pelos gastos de organização. A primeira edição do Grande Prémio de Macau custou 15 mil patacas. No ano seguinte as despesas subiram para 60 mil. Em 1956 foram precisas mais de 200 mil... Entretanto, também o público começava a pagar bilhete. Uma pataca foi quanto custou o ingresso no circuito em 1955. Mas os carros andavam, as corridas faziam-se. Isso, sim, era importante. E acontecia com o apoio da Polícia e do Exército, que emprestava os sinaleiros para a pista... A cronometragem, claro, era manual, e o conta-voltas feito com folhas do calendário...
Os anos foram passando. Apareceram os ‘fórmulas’, as motos, o reconhecimento da Federation Internationale du Sport Automobile, a inscrição no calendário internacional. E Macau projectava-se no mundo através do seu Grande Prémio.(...) E tudo a partir de uma brincadeira do grupo de quatro homens a que é preciso juntar o nome do António Lage, de pronto chamado para colaborar nas tarefas de âmbito comercial. Homens a quem o Grande Prémio de Macau tudo deve. Ter nascido, e também não ter acabado. Como podia ter acontecido, no final da década de 60, quando uma das pontes para peões se abateu sobre o circuito. Era o fim para muitos. Macedo Pinto agitou a bandeira vermelha, mas houve o discernimento e a coragem para dar nova partida!
Macau continua, assim, a ser palco privilegiado para as grandes máquinas. Um dos grandes circuitos do Oriente e, sem dúvida, um dos mais espectaculares de todo o Mundo, pelas suas condições invulgares.” (...)

2 comentários:

  1. Os criadores do Grande Prémio não foram quatro mas sim seis, cujos nomes constam no envelope comemorativo apresentado mais acima. Na tribuna original figurava uma placa com os seus nomes.

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  2. A queda da ponte pedonal não aconteceu no final da década de 60 mas sim de 50, mais precisamente em 1959. Eu, meus pais e minhas irmãs tinhamos passado poucos minutos antes.

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