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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Imprensa: os primeiros anos

A 19 de Agosto 1822 assume o cargo de governador Paulino da Silva Barbosa. Macau vivia na altura a agitação política entre absolutistas, liderados pelo ouvidor Manuel Arriaga, e os liberais, chefiados pelo tenente-coronel Paulino da Silva Barbosa. Estes sairiam vitoriosos e o jornal foi mais um 'troféu' dessa vitória. Em 23 Setembro de 1823 recebeu ordem de prisão do Bispo e refugiou-se na casa do conselheiro Manuel Pereira abandonando o cargo.
Foram os jesuítas que no século XVI levaram a tipografia da Europa para Macau criando na cidade aquilo que se pode considerar um centro de publicações ímpar no Oriente já que dispôs da primeira tipografia ocidental moderna.
Para além de livros, o território passou a ver publicados jornais do tipo ocidental em português e noutras línguas. É assim que surge em 1822 a Abelha da China. Um semanário fundado por Paulino da Silva Barbosa, líder do grupo liberal. Terá sido impresso no convento de S. Domingos.
Em 1833 aparece o Za Wen Pian, jornal não periódico fundado por Robert Morrison. Foi o primeiro jornal chinês de tipografia moderna tanto em Macau com em toda a China. Entre 1839 e 1840 publicou-se o "Jornal das Notícias de Macau" (ou, em chinês, Ou Mun San Man Zhi). Era da responsabilidade de Lin Zexu, Comissário Imperial da Dinastia Qing encarregue da destruição do ópio. (NA: Destes dois últimos não encontrei até agora qualquer ilustração)
Entre 1839 e 1843 publicou-se "O Portugueza na China".

O "Echo Macaense" (tinha como sub título "semanário luso-chines") teve uma edição chinesa logo em 1893 (foi o primeiro jornal bi-lingue de Macau) facto que se terá devido à amizade entre o seu fundador, Francisco Hermenegildo Fernandes e Sun Yat-sen. Em 1897, Kang Youwei, Liang Qichao e Kang Guangren fundaram em Macau o jornal "A China Reformadora".

1 comentário:

  1. É importante referir que a Constituição de 1822, considera Macau uma colónia, nomeando indivíduos do Continente para a governar. Não são portanto apenas as posições liberais que estão em causa, mas igualmente o desejo de autonomia da Coroa.

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