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terça-feira, 9 de abril de 2024

Centenário da primeira travessia aérea Portugal-Macau: 1924-2024

A deposição de uma coroa de flores no monumento existente em Vila Nova de Mil Fontes e uma sessão oficial no Museu do Ar em Sintra marcaram o arranque, no passado domingo, das comemorações do centenário da primeira travessia aérea entre Portugal e Macau. 
A viagem teve início a 7 de Abril de 1924 em Vila Nova de Mil Fontes e a Junta de Freguesia associou-se às iniciativa com uma medalha comemorativa de um dos maiores feitos da história da aviação. É apenas uma das várias manifestações agendadas que vão decorrer até Setembro em Portugal, Hong Kong e Macau.
"Há cem anos, a viagem aérea de Portugal a Macau constituiu um notável feito aeronáutico de destaque internacional. Com a sua realização, Portugal competiu com êxito no plano das grandes viagens aéreas intercontinentais que então eram promovidas pelas grandes potências internacionais. Mas, contrariamente a essas grandes potências, o Estado português não apoiou este raide. Foi o povo que se mobilizou para o financiar, através de ampla subscrição pública, numa ação solidária e entusiasta que galvanizou o país
inteiro, desejoso de feitos que animassem os tempos sombrios da I República.
O raide foi sonhado e meticulosamente preparado pelos aviadores Brito Paes e Sarmento de Beires, com o apoio do mecânico Manuel Gouveia. A 2 de abril, o avião «Pátria» (um Breguet 16) dirigiu-se da Amadora para Vila Nova de Milfontes (terra a que Brito Paes estava pessoalmente ligado), pela vantagem oferecida pela pista dos Coitos, a única que garantia a descolagem segura do avião em carga plena.
Partindo a 7 de abril, os aviadores viveram momentos de elevado risco, como o da aterragem de emergência na Índia, que danificou definitivamente o avião e obrigou à aquisição de um um novo aparelho, igualmente custeado pelo povo português. Os aviadores percorreram um total de 16.760 Km em 25 etapas, até aterrarem a 20 de junho em Shum-Chum, na China, após terem sobrevoado Macau, onde não conseguiram aterrar devido a um ciclone." (leia-se tufão).
Texto da Comissão de Organização das comemorações constituída pelo Município de Odemira, Universidade do Porto e Força Aérea Portuguesa.
Os três protagonistas da travessia aérea: Sarmento Beires, Manuel Gouveia e Brito Paes, natural de Colos, concelho de Odemira, a que pertence também a freguesia de Vila Nova de Mil Fontes.

No verso o brasão de V. Nova de Mil Fontes: escudo de prata, semeado de fontes heráldicas de azul e prata e, brocante, uma cruz da Ordem de Santiago, de vermelho; planície ondeada de ouro, perfilada de verde. Coroa mural de prata de quatro torres. 

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