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terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Província de Macáo na Asia e Australasia (1862)

Representação da "Província de Macao" num mapa de 1862 feito em Lisboa (Portugal).  A partir de 1844 Macau e Timor foram desligados do governo da Índia; a partir de então e até 1894, Timor esteve sob a dependência administrativa, como um distrito, de Macau, exceptuando-se o período compreendido entre 1865 e 1878 em que Macau se constituiu como um distrito autónomo.
                                                                         Mapa publicado no "Compendio de geographia das provincias e colonias Portuguezas d'além mar, na Europa, Africa, Azia e Australasia. Seguido de nove cartas das mesmas possessões, que são as de: Acores, Cabo Verde, Guiné, Angola, S. Thomé e Principe, Moçambique, Damão, Goa, Macào e Timor", de José de Sousa Amado, na Typografia de G. M. Martins, em Lisboa no ano de 1862

Em resumo:
- Estabelecimento dos portugueses entre 1553-1557
- Por Decreto de 20 de Setembro de 1844 a cidade de Macau e os estabelecimentos de Solôr e Timôr, com todas as dependências formam a Província de Macau, Timor e Solor, independente do Governo Geral do Estado da Índia.
- Por Decreto de 30 de Outubro Macau fica separado de Timor e Solor, mas logo em 1851, voltam a ficar juntas.
- Por Decreto de 25 de Setembro de 1856 Timor e Solor ficam subordinados à Índia.
- Por Decreto de 17 de Setembro de 1863 Timor foi declarada Província e reorganizada.
- Com a perda de Solor, que o Governador havia vendido aos holandeses e finalmente reconhecida a venda (Tratado ratificado em 1860), em 26 de Novembro de 1866, Timor volta para a dependência de Macau.
- Por Decreto de 1 de Dezembro de 1869 o território português passa a ter seis províncias em África e na Ásia, entre as quais a Província de Macau e Timor.
- Em 15 de Outubro de 1896 Timor passa a Distrito Autónomo.- Província ultramarina em relação a Goa (1896-1951). 
- Província ultramarina (1951-1976); 
- Território chinês sob administração portuguesa (1976-1999); 
- Restituição da soberania à República Popular da China como região administrativa especial em Dezembro de 1999.


segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

"A Mestria da Construção Naval"

"A Mestria da Construção Naval” é o nome da exposição que está patente no Arquivo Histórico de Macau (ver post anterior) até ao próximo dia 9 de Abril.
Wan Chun. Foto Ponto Final
Os visitantes vão poder ver juncos em miniatura feitos por Wan Chun que desta forma recorda que o território já teve, e durante muito tempo, um importante sector de construção naval associado à pesca. Essas embarcações de madeira, construídas sobretudo em estaleiros nas ilhas e para os lados da ilha Verde, eram habitualmente observadas no delta do rio.
Wan Chun, antigo construtor naval, começou aos 19 anos neste ofício e construiu os mais diversos tipos tipos de embarcações ao longo de três décadas.  
Recentemente, resolveu demonstrar o que aprendeu em tamanho real em réplicas em miniatura. Curiosamente, começou por reproduzir uma caravela portuguesa do tempo dos Descobrimentos.

Nesta imagem do início do séc. XX podem ver-se juncos de pesca na baía da Praia Grande



domingo, 27 de dezembro de 2015

Edifício no Tap Seac: séc. XX vs Séc. XXI

Ao centro, a preto e branco, o edifício na zona do Tap Seac pouco depois de ser construído nos primeiros anos do século XX. Em baixo, da esquerda para a direita, o mesmo edifício, primeiro em 1980 - em 1982 o espaço reabriu como Arquivo Histórico de Macau - e depois já no final do século XX e no início do século XXI.

sábado, 26 de dezembro de 2015

Fong Tan: ventiladores de bambú

Em Setembro de 1913 é publicado no Boletim Oficial um aviso das Obras Públicas sobre o perigo que representam os "Fong Tan", ventiladores de bambú "que costumam ser usados por muitos dos prédios da cidade, por sobre as suas coberturas" e de forma ilegal.
Avisam-se assim os proprietários que têm um prazo de 15 dias para retirar os referidos equipamentos. A medida foi tomada na sequência dos "efeitos do temporal de 17 do corrente." O aviso é assinado pelo director das OP, o engenheiro Miranda Guedes, a 21 de Agosto de 1913.

Telegrama para o Governador: Natal de 1946

Telegrama enviado da "Praia" por H. J. Manhão - via Monsanto - dirigido ao Governador de Macau em 24 de Dezembro de 1946 com "votos de Natal feliz e prosperidade para S. Exa. e Colónia no novo ano".
Nesta altura o governador Gabriel Maurício Teixeira já deixara Macau e quem estava à frente do governo, interinamente, era o Comandante Samuel Vieira, oficial da Marinha portuguesa que comandou os destinos de Macau no rescaldo da 2ª guerra mundial ainda que por pouco tempo. Seguiu-se-lhe o Comandante Albano Rodrigues de Oliveira (1947-1951).

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Boas Festas Season's Greetings 祝圣诞节快乐

Aspectos de Macau durante o Natal na primeira metade da década de 1990. 
De cima para baixo podem ver-se: um troço da Av. Infante D. Henrique com o hotel Lisboa ao fundo; presépio montado frente ao edifício do Leal Senado e aspecto do Largo do Senado com destaque para o edifício da Santa Casa da Misericórdia (à direita).

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Cartão de Boas Festas do governador em 1974

Cartão de Boas Festas com texto em inglês, português e francês assinado pelo governador Nobre de Carvalho e pela sua mulher, Julieta, em Dezembro de 1974.

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Hotel Lisboa: início das obras em 1966


No próximo ano assinala-se o 50º aniversário da início das obras do hotel Lisboa. Em 1966, no Dia de Macau - 24 de Junho - em paralelo com as comemorações oficiais, dava-se a conhecer publicamente o estaleiro em que se transformou aquela zona cuja obra final só viria a ser inaugurada em Fevereiro de 1970.
O projecto foi da autoria do arquitecto Eric Byron Cumine (nasceu em Shangai em 1905 sendo filho de pais escoceses e morreu em 2012) - também autor do aeroporto de Kai Tak em Hong Kong - com a colaboração de Lawrence Wright. Antes deste desenho final, houve um outro, de 1962, ainda sem nome, e bem diferente deste, como se pode verificar na imagem abaixo publicada num anúncio local por Stanley Ho à chegada a Macau do novo governador, no caso, Lopes dos Santos.

Em meados da década de 1960, a STDM (Sociedade de Turismo e Diversões de Macau) dava os primeiros passos na concretização do contrato de concessão e exploração do jogo em Macau em regime de monopólio (de 1962 a 2002) tendo já a funcionar o hotel Estoril. A 13 de Janeiro de 1966 tinha chegado ao Porto Interior a embarcação onde seria implantado o casino flutuante Macau Palace
Poucos anos depois da abertura do "Lisboa" surgiria o hotel Sintra, numa época de consolidação dos primeiros grandes projectos turísticos do território.
A STDM foi criada por Yip Hon (1904-1997), Teddy Yip (1907-2003), Henry Fok (1923-2006) e Stanley Ho, ainda vivo, nascido em 1921 e, ao que constava na época, o menos rico de todos, embora tenha sido o mais protagonismo teve sendo o seu nome indissociável da empresa.

domingo, 20 de dezembro de 2015

"As cores de Macau"

Às zero horas do dia 20 de Dezembro de 1999, chegava ao fim quase 500 anos de administração portuguesa em Macau. Nesse dia, a última jóia europeia no oriente era entregue por Jorge Sampaio ao então presidente da República Popular da China, Jiang Zemin. O território passava para a soberania chinesa. As cores de Macau mudavam.
Pelo menos até 2049 Macau vai continuar ao abrigo do princípio ''um país dois sistemas'', ou seja, durante mais 34 anos não se aplicam as políticas socialistas e mantém-se inalterado o sistema capitalista, bem como o estilo de vida anteriormente existente.
O programa "Perdidos e Achados", (SIC) voltou a Macau, 16 anos após a transição, para perceber o que mudou na Região Administrativa Especial.
Reportagem de Patrícia Mouzinho e Rui do Ó com edição de Imagem de João Nunes e apoio à produção, entre outros, do blogue Macau Antigo.
Exibida no dia 19 no Jornal da Noite e no dia 20, em versão alargada, na Sic Notícias.

sábado, 19 de dezembro de 2015

Hasta pública de um "par de brincos": Dezembro 1941

Anúncio publicado (2ª vez) no Boletim Oficial de Dezembro de 1941 relativo a uma hasta pública de um "par de brincos de orelha de metal amarelo com pedras verdes" pertencente ao "espólio" deixado por um óbito e "avaliado em três patacas".

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Anúncios de 'despedida" no Boletim Oficial

Alguns dos anúncios de 'despedida" publicados no Boletim Oficial de Macau na primeira metade de Dezembro de 1874. A imagem refere-se a uma edição de 1870.
"O Visconde de S. Januário ausentando-se para a Europa, tem a honra de enviar por este modo as suas despedidas a todas as pessoas das suas relações, a quem não puder, por curta demora, procurar pessoalmente." 
12 de Dezembro de 1874

"Tendo de partir brevemente para Portugal, Pedro Gastão Mesnier, sumamente penhorado pelos muitos obséquios que tem recebido durante a sua estadia nesta cidade, agradece e se despede por esta forma dos seus amigos em Macau, que não puder procurar pessoalmente, e oferece o seu préstimo."
12 de Dezembro de 1874

"O tenente de cavalaria do exército de Portugal, Alberto Carlos Moraes de Carvalho, não podendo, pela rapidez da sua partida para Lisboa, despedir-se pessoalmente das pessoas das suas relações e amizade, o faz por este meio, oferecendo-lhe o seu préstimo naquela cidade, aonde se dirige."
12 de Dezembro de 1874

"António Feliciano Marques Pereira, tendo de ausentar-se imediatamente, e assim obrigado a só despedir-se por este meio de todas as suas estimáveis relações de Macau e Hong Kong, pede-lhes que o desculpem e protesta-lhes inteira dedicação."
15 de Dezembro de 1874


quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Mais edifícios como património cultural

O Instituto Cultural de Macau apresentou esta semana o primeiro grupo de 10 bens imóveis propostos para entrada na lista do Património Cultural do território, prevendo que todo o processo de classificação esteja concluído até ao final de 2016. A lista inclui cinco edifícios de características chinesas e cinco de origem ocidental ou portuguesa. 
A saber:
Quatro templos (Bairro da Horta da Mitra, Rua do Teatro, Rua do Patane e Rua Almirante Sérgio); Três troços das antigas muralhas da cidade (troço próximo da Estrada de S. Francisco, Estrada do Visconde de São Januário e Igreja da Penha); Edifício nº 28 na Rua Manuel de Arriaga (na imagem); Farmácia Chong Sai; Residência do General Ye Ting, Antigo Estábulo Municipal de Gado Bovino; Canil Municipal; Casa Azul (sede do Instituto de Acção Social na imagem).Da lista actual do Património Cultural fazem parte 128 edifícios e monumentos.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Imposto do Selo antes e depois da monarquia

Exemplo de "Imposto de Selo" com valor facial de 10 avos utilizado nas denominadas 'colónias portuguesas' (até ao Acto Colonial do início da década de 1950).
"Imposto do Sello" do tempo na monarquia utilizado em Macau mas cujo valor facial é expresso em réis.

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

"Macau" por Cidália Meireles

"Macau" é uma gravação de 1965 e pertence à Banda 1 da Face A do disco EP de 45 RPM. A música é de Joaquim Luís Gomes e a letra de Zulmira Fonseca.
O EP foi editado pela "Alvorada", etiqueta "Rádio Triunfo", intitulado "Cidália Meireles - Macau", em que a cançonetista Cidália Meireles (de uma família com fortes raízes na música portuguesa nos anos 50), acompanhada pela Orquestra de Joaquim Luís Gomes, interpreta canções portuguesas.

sábado, 12 de dezembro de 2015

"Nova Avenida do Bazar Chinez": 1910

No Boletim Oficial de 24 de Setembro de 1910 (sábado) refere-se a provação do orçamento para a "demolição de 12 prédios cuja expropriação é necessária à abertura do primeiro lanço na Nova Avenida do Bazar Chinez" no seguimento das obras de saneamento daquela zona.
Com esta decisão estava dado o primeiro passo para um projecto que iria demorar quase 20 anos a ficar concluído. A arrematação da construção do referido primeiro troço (do Largo do Senado ao Pátio do Martelo) numa extensão de 62 metros ocorreu a 4 de Março de 1911. Dois anos depois, em 1913, parte do Bazar seria demolido e só em 1918, mais um troço foi 'rasgado' com a demolição da casa do comerciante Lin Lian - junto à baía da Praia Grande. Ficava finalmente pronta a ligação entre o Porto Exterior (Praia Grande) e o Porto Interior no que se viria a chamar Avenida Almeida Ribeiro, também conhecida por San Ma Lou.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Passatempo do 7º Aniversário

Depois de ao longo de 2015 termos oferecido mais de uma dezena de livros num passatempo mensal, para comemorar mais um aniversário do blogue Macau Antigo vamos entrar em 2016 da melhor forma com a oferta de livros sobre Macau.
Para participar basta responder a seis questões e enviar as respostas até ao final de Janeiro para macauantigo@gmail.com juntamente com o nome e morada.
1 - Qual a opinião geral sobre o projecto?
2- E sobre a qualidade dos post's?
3 - Numa escala de 1 a 5 como classifica?
4 - Quantas vezes visita o blog por semana?
5- Que temas gostaria de ver abordados?
6- Pensou viajar até Macau depois da leitura do blog? 
O 1º classificado ganha cinco livros; o 2º recebe três livros e o 3º terá direito a um livro.
Podem participar os leitores de todas as partes do mundo.
Apoio da Delegação do Turismo de Macau em Portugal

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Horta e Costa director das OP em 1885

Antes de ser governador de Macau, José Maria de Sousa Horta e Costa foi director do serviço de  Obras Públicas, cargo em que tomou posse a 2 de Novembro de 1885.
Na imagem, um Bilhete Postal com selo no valor de 30 réis enviado de Portugal a 15 de Dezembro de 1885 e já destinado a Horta e Costa no desempenho do novo cargo. Curiosamente não tem escrito um endereço, algo que certamente não impediu a missiva de chegar ao destinatário...

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Prémio Identidade 2015

 Com mais de 80 anos de história, o Jardim de Infância D. José da Costa Nunes é o 13º galardoado com o “Prémio Identidade”, uma distinção atribuída no dia 7 de Dezembro pelo Instituto Internacional de Macau (IIM).
O papel activo na manutenção de um sistema educativo de matriz portuguesa e o desenvolvimento de actividades que fortalecem a importância da língua e da cultura portuguesas, e que contribuem para a preservação da identidade macaense, foram as justificações apresentadas pelo IIM na atribuição do prémio à instituição de ensino pré-escolar.
A cerimónia de entrega do prémio decorreu no Jardim de Infância, onde houve espaço para duas actuações de dança dos alunos do primeiro escalão (três anos) e ainda um chá gordo com muito convívio entre amigos e conhecidos. 
Texto e imagens do IIM

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Festa da Imaculada Conceição: 8 de Dezembro

A festa da Imaculada Conceição tem origens pagãs e foi definida como uma festa universal a 28 de Fevereiro de 1476 pelo Papa Sisto IV. Em 25 de Março de 1646 o rei D. João IV proclamou, em Vila Viçosa, Nossa Senhora da Conceição, como padroeira e rainha de Portugal, em agradecimento da restauração da independência de Portugal em relação a Espanha. É também uma das Santa(o)s padroeiras de Macau, sendo a sua celebração a 8 de Dezembro com a maior solenidade litúrgica.
Aspecto da procissão de 8 de Dezembro no final da década de 1930. Imagem publicada no Anuário de 1940
Entre outros locais simbólicos em Macau, destaco, por exemplo, a estátua da Imaculada Conceição na fachada das ruínas de S. Paulo.

domingo, 6 de dezembro de 2015

A folha de 25 linhas

Imposto de selo no valor de 1,30 patacas com sobretaxa adicional de 70 avos numa folha de 25 linhas utilizada em Macau na década de 1970
Introduzido em Portugal em 1660 o "papel selado" vigorou até 1986 com alguns período de suspensão pelo meio. Era uma forma de cobrança do imposto de selo (existiam outras), sob a forma de papel (com marca e selo branco) sendo usado em documentos oficiais, escrituras, certidões, procurações, requerimentos, etc. Dada a sua cor e uma vez que se tratava de uma receita eventual, era contabilizado à  parte... é assim que surge a expressão "saco azul". 
 Tinha mesmo 25 linhas e, tratando-se de um documento oficial, não só não se podiam acrescentar linhas como não se podia escrever nas margens.

sábado, 5 de dezembro de 2015

"Boa Vista" num Bilhete Postal de 1907

Este Bilhete Postal de "resposta paga" com o valor facial de 1 avo tem o carimbo da Direcção do Correio de Macau de 15 de Março de 1907 e a identificação de um hóspede (alemão) do hotel Boa Vista, a mais emblemática unidade hoteleira do tipo ocidental existente no território nos primeiros anos do século XX localizado na encosta da Penha, na enseada da Praia Grande.
Construído por volta de 1870 o edifício começou por ter fins residenciais sendo transformado em hotel em 1890 pelo inglês William Edward Clarke. É composto por três pisos onde sobressaem os traços neoclássicos - arcadas, colunas, balaústres, arcos de volta inteira, etc - e depois de múltiplas funções ao longo dos anos é actualmente a residência oficial do cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong, estando classificado como Edifício de Interesse Arquitectónico.
Postal ca. 1900 - "Boa Vista Hotel. Macao"

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Lembrança da 1ª Feira Industrial (1926)

Esta foto da autoria de C. A. Almeida é uma das várias que o autor tirou deste certame ocorrido na década de 1920 - 7 Novembro a 12 Dezembro 1926 - e de que já aqui dei conta por várias vezes.

Na ocasião foram publicadas diversas brochuras/livros para a divulgação do evento. Um deles intitulou-se "Lembrança da feira e exposição industrial de Macau" da autoria de C. A. Almeida.
Na imagem o Pavilhão da China "Merchants Tobacco Co. Ltd."
Esta primeira Feira Industrial de Macau “sob o alto patrocínio do Governo de Macau” ocupou uma área de 8 hectares - um enorme quarteirão entre as avenidas Coronel Mesquita, Horta e Costa e Conselheiro Ferreira de Almeida, frente ao templo de Kun Iam Tong, na zona de Mong Há - e teve 289.537 visitantes. De acordo com relatos da época o “número de forasteiros foi superior a 90 mil”. 
O evento era o reflexo da enorme prosperidade económica da época.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

7 anos e 800 mil visitantes


Por estes dias, em 2008, dava início a um projecto em que não tinha dúvidas sobre a sua utilidade mas sinceramente nunca pensei que viesse a 'ganhar' tamanha dimensão. Falo do blogue Macau Antigo.
Nos últimos 7 anos foram publicados mais de 3 mil posts e cerca de 30 mil imagens abarcando um período entre os séculos XVI e XX o que torna o projecto no maior acervo documental online sobre a história de Macau acessível gratuitamente. Até agora registaram-se cerca de 800 mil pageview's com quase 2000 'seguidores' (plataforma blogger e facebook).
Aos que de forma directa e indirecta contribuem para o sucesso de Macau Antigo deixo os meus sinceros agradecimentos.

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

“A Noite desceu em Dezembro”

“A Noite desceu em Dezembro”, romance de Henrique de Senna Fernandes, escrito em fascículos publicados no jornal Ponto Final, chega agora em formato livro.
A origem deste romance 'inacabado', passado durante a Guerra do Pacífico, remonta a 2010, ano da morte do autor e altura em que o filho, Miguel, encontrou um manuscrito, sem título, onde se pode ler: “Revisto em 1954”. Esse foi o ano em que Henrique Senna Fernandes regressou a Macau, pelo que que o volume poderá ter sido escrito em Coimbra, onde HSF se formou em Direito.
Esta edição já foi anunciada por mais de uma vez mas parece que agora verá a luz do dia.
O ICM fará ainda o lançamento e uma nova edição de "A Trança Feiticeira" e a versão chinesa de "Os Dores".
Biografia resumida
Natural de Macau onde nasceu em 15 de Outubro de 1923, licenciou-se em direito em 1952, na Universidade de Coimbra, terra que o marcou profundamente.
No início dos anos cinquenta, regressou a Macau onde exerceu a advocacia e a docência. Foi professor no Liceu de Macau, à data denominado, "Infante D. Henrique", assim como na Escola Comercial "Pedro Nolasco", de que, durante largos anos, foi também director.
Esteve ainda ligado a actividades de carácter social, cívico, cultural, desportiva, tendo sido, por exemplo, Presidente do Rotary Club de Macau, da Assembleia Geral da Associação Promotora de Instrução dos Macaenses, da Associação dos Advogados de Macau, Director das Bibliotecas "Nacional de Macau" e da "Sir Robert Ho Tung", do Centro de Informação e Turismo, etc., e membro do Conselho Consultivo do Governador de Macau.
Nome maior da literatura macaense, são de sua autoria títulos como "Nan Van - Contos de Macau" (1979), "Amor e Dedinhos de pé", "Trança feiticeira" e "Mong-Há" (1998).
Morreu em Macau, a 4 de Outubro de 2010, vítima de doença prolongada.#