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terça-feira, 8 de maio de 2012

Tráfico de Cules: fontes italianas

A próxima sessão do Seminário Permanente sobre Estudos de Macau (17 de Maio, às 18h, FCSH - UNL, Lisboa) vai estar a cargo do investigador italiano Davide Maldarella (Universidade de Piza-ISCTE) cujo tema é: "O Tráfico de 'Coolies' de Macau para a América Latina no Século XIX: Uma Investigação a partir de Fontes Italianas". 
Na toponímia local existem diversos 'testemunhos' deste período da história de Macau
"Entre 1847 e 1874 mais de 250.000 emigrantes chineses contratados (vulgarmente chamados 'coolies') saíram de Macau e de outros portos do Sul da China para a América Latina para trabalhar em plantações, minas e na construção de caminhos de ferro, em condições de semi-escravidão. Para responder à procura de mão-de-obra na América Latina, constituiu-se uma rede de recrutamento e de tráfico internacional com participação de capitais e de empresários de varias nações ocidentais, como a França, o Reino Unido, os Estados Unidos da América e a Espanha, entre outras.
Neste contexto, destaca-se o papel activo de um grupo de famílias mercantis italianas maioritariamente de origem genovesa (Canevaro, Figari e Larco) e estabelecido sobretudo no Peru, onde se envolvera nos principais sectores económicos, nomeadamente na navegação e na produção e no comércio de guano, açúcar e algodão. A nossa pesquisa apresenta uma síntese dos resultados a que chegámos recentemente a partir de fontes italianas e demonstra de que forma o estudo da actividade e da importância desses traficantes de origem italiana poderá, no âmbito da história global, ser um ponto de partida útil para esclarecer alguns aspectos mais desconhecidos da complexa questão dos 'coolies' e da sua relação com os fluxos intercontinentais de seres humanos e de mercadoria."
Sinopse da investigação

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