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quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

Igreja e Convento de S. Francisco por Auguste Borget

Em cima uma pintura da Igreja e Convento de S. Francisco da autoria de Auguste Borget, pintor que viveu em Macau durante 10 meses em 1838. 
Do lado direito, na fortificação militar pode ver-se a bandeira da monarquia portuguesa. Entre as figuras humanas representadas mulheres encaminham-se para a escadaria de acesso à igreja e ao convento e um grupo de chineses bebe chá.
O testemunho que se segue é da mesma época - foi publicado em 1844 - e refere precisamente este local. O autor, estava hospedado no que designa como hotel, localizado, logo ali ao lado, junto ao extenso terreno plano que viria a ser o jardim de S. Francisco. (ver imagem abaixo)

"On first leaving the hotel which is situated towards the northern end of the Praya Grande we naturally look around before we determine which way we shall go. To the left, the eye glances past the line of buildings among which ranks our hotel over an open and level green to a noble flight of steps that give ascent to a handsome church situated at the foot of a ridge of hills, whose crest crowned with gardens the foliage of which conceal the city wall is cut off in a somewhat abrupt point well fortified by batteries and finally terminating in the low shelf of rocks already mentioned as forming a natural breakwater. To the right the eye ranges along the curve of beach and houses and is for a moment attracted by the small saluting battery but at last rests on a lofty hill from whose summit an extensive pile of monastic buildings overlooks the town and the islets that form the Typa harbour." 
Detalhe de uma pintura (autor anónimo) de meados do séc. 19

"Ao sairmos pela primeira vez do hotel, situado no extremo norte da Praia Grande, naturalmente olhamos em volta antes de decidirmos o caminho que iremos seguir. À esquerda, o olhar passa pela linha de edifícios entre os quais se situa o nosso hotel, sobre um espaço verde aberto e plano, até um nobre lance de escadas que dá acesso a uma bela igreja situada no sopé de uma cadeia de colinas, cuja crista é coroada por jardins, cuja folhagem oculta a muralha da cidade são cortados em ponto algo abrupto, bem fortificados por baterias e terminando finalmente na plataforma baixa de rochas já mencionada como formando um quebra-mar natural. À direita, o olhar percorre a curva da praia e das casas e é por um momento atraído pela pequena bateria de saudação, mas finalmente pousa numa colina elevada, de cujo cume um extenso amontoado de edifícios monásticos domina a cidade e as ilhotas que formam o Porto de Taipa."

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