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quarta-feira, 19 de abril de 2023

A "Quebra dos Escudos" pela morte de D. Maria II

A edição de 8 de Abril de 1854 deu grande destaque à "cerimónia fúnebre da quebra dos escudos, pela prematura e sentidíssima morte de Sua Magestade a Senhora D. Maria II, Rainha de Portugal".
A quebra dos escudos, praticada desde a morte de D. João I, era uma cerimónia fúnebre que se realizava após a morte dos monarcas como demonstração de sentimento e tinha por finalidade a quebra dos escudos das armas reais, em sinal de luto e de pranto pelo rei ou rainha falecido, para serem substituídos pelos escudos do monarca sucessor. 
A cerimónia tinha um regulamento próprio e foi válido até 1861.
D. Maria II era filha de D. Pedro IV de Portugal e I do Brasil e da sua primeira mulher, D. Leopoldina de Áustria. Nasceu no Rio de Janeiro a 4 de Abril de 1819 e morreu em Lisboa, a 15 de Novembro de 1853, vítima do décimo primeiro parto. Segunda rainha reinante de Portugal (1834-1853), ficou conhecida pelo cognome de "a Educadora". Tinha apenas dois anos quando o Brasil se tornou independente e o pai, D. Pedro, foi proclamado imperador do Brasil. Em 1826, quando D. João VI morreu, D. Pedro, legítimo herdeiro do trono português, sendo imperador do Brasil, abdicou da Coroa a favor de D. Maria, após outorgar a Portugal a Carta Constitucional, sendo a primeira de duas condições o casamento dela com o seu tio D. Miguel.
Existe em Macau a fortaleza (construída em 1852 na colina com o mesmo nome) e a estrada de D. Maria II.

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