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sexta-feira, 2 de julho de 2021

"Mysterious Macao, Once Busy Port, Now Exists for Fan-Tan and Opium"

De passagem por Macau em 1940, a jornalista e escritora norte-americana Violet Sweet Haven (1908-2001) escreverá uma crónica intitulada "Mysterious Macao, Once Busy Port, Now Exists for Fan-Tan and Opium" que seria publicada no jornal Lewiston Morning Tribune a 4 de Agosto desse ano.

"Here I am in Macao, a mysterious Portuguese colony along the estuary oh the Pearl river in south China. It is only five square miles but its perhaps the most exotic places in all Asia. (...) Now Macao is famous for Fan Tan games and its trade in opium. I came up from Hongkong this morning on a tiny river boat, the S.S. Chung S. There was no other white women on board and i made friends with a few of the crew. (...) Macao is tined with narrow European streets and the houses are of colourful shades: pink, blue and green. For a moment i thought it was last summer, and i was in Lisbon, Portugal. (...) Down the street was the Riviera hotel overloonking a bay filled with Chinese fishing junks. Inside Pancho's orchestra played Thaitian love song in ragtime as pretty Chinese girls danced the Congo. For dinner I was at the home of the British vice-Consul, high on a pinnacle, overlooking all of Macao and the islands surrounding it across the bay. (...) All of Macao is a paradise."
Imagem da década 1940 (não incluída no artigo)
Tradução:
“Aqui estou eu em Macau, uma misteriosa colónia portuguesa ao longo do estuário do Rio das Pérolas, no sul da China. Tem apenas cinco milhas quadradas, mas é talvez o local mais exótico de toda a Ásia. (...) Actualmente Macau é famoso pelo jogo de fantan e o comércio de ópio. Vim de Hong Kong esta manhã numa pequena embarcação fluvial, o SS Chung S. Não havia nenhuma outra mulher branca a bordo e fiz amizade com alguns membros da tripulação. (...) Macau é ladeada por estreitas ruas europeias e as casas têm tons coloridos: rosa, azul e verde. Por um momento pensei que era o Verão do ano passado, e estava em Lisboa, Portugal. (...) Descendo a rua** fica o hotel Riviera, sobranceiro a uma baía* repleta de juncos de pesca chineses. No interior, a orquestra de Pancho toca uma canção de amor  do Thaiti em ritmo jazzístico enquanto lindas raparigas chinesas dançam o congo. Ao jantar, estive na casa do vice-cônsul britânico, no alto de um pináculo***, com vista para toda a península e as ilhas que a rodeiam, do outro lado da baía. (...) O território de Macau é todo ele um paraíso.”
* Baía da Praia Grande
** Provavelmente a Av. Almeida Ribeiro, no percurso entre o Largo do Senado e a Rua da Praia Grande (no cruzamento ficava o hotel Riviera)
*** Colina da Penha

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