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quinta-feira, 6 de maio de 2021

Macao: A Spot of Schizophrenia In the Far East

Macao: A Spot Of Schizophrenia In the Far East.
Under the wary eye of China, a tiny Portuguese outpost thrives on Western ways. Gambling, strip shows, wheeler-dealer trade make it Asia's fastest-growing economy. Will China let it survive? (...) Here in the Far East is a place that logically doens't exist. A corner of ancient China that Peking doesn't want. A Portuguese outpost where hardly anyone speaks that language. An economy abandoning fish and firecracker for toys and TV's. A society that thrives on gambling but frowns on vices of the flesh. A place where some Communists are campers and some coolies are capitalists. Macao, nevertheless, has survived against reason for more than four centuries and it seems destined to go right (...) Casino's are Macao biggest money maker, ranking on profits of up to 200 million dollars each year. (...)
Only a few trusted insiders of the Sociedade de Turismo e Diversoes de Macau, usually called "the Syndicate", know how many people gamble here, how much they bet and what happens to the money. (...) Few local people frequent the casinos. Government employes are not allowed to bet at the tables except on certain holidays, and low salaries keep most others away. But residents raiser huge sums at weekend greyhound and horse races at the annual Macau Grand Prix that sends powerful Formula One racing cars roaring along roads filled the other 364 days by slow-paced pedicabs. (...)
Plenty of nudity is displayed at Crazy Paris strip shows in the Orient's oldest European-style theater.
Macau: local esquizofrenia no Extremo Oriente.
Sob o olhar atento da China, um pequeno posto avançado português prospera com métodos ocidentais. Jogos de azar, shows de strip-tease e comércio de revenda fazem desta economia a de mais rápido crescimento em toda a Ásia. Será que a China o continuará a permitir? (...) Aqui no Extremo Oriente existe um lugar que pela lógica não deveria existir. Um canto da China antiga que Pequim não quer. Um posto avançado português onde quase ninguém fala essa língua. Uma economia que vai trocando a indústria da pesca e dos panchões pelo fabrico de brinquedos e televisores. Uma sociedade que prospera no jogo, mas desaprova os vícios da carne. Um lugar onde alguns comunistas são campistas e alguns coolies são capitalistas.
Contra todas as probabilidades Macau, no entanto, sobreviveu durante mais de quatro séculos e parece destinada a dar certo (...) Os casinos são os maiores produtores de dinheiro de Macau, obtendo lucros de até 200 milhões de dólares por ano. (...) Apenas algumas pessoas e confiança da Sociedade de Turismo e Diversões de Macau, normalmente designada por "o Sindicato", sabem quantas pessoas jogam, quanto apostam e o que acontece ao dinheiro. (...) São poucos os residentes que frequentam os casinos. Os funcionários públicos não podem apostar, excepto em certos feriados, e os baixos salários mantêm a maioria dos outros afastados. Mas os habitantes locais arrecadam grandes somas nas corridas de galgos e cavalos no fim-de-semana do Grande Prémio de Macau, que leva até ao território carros de Fórmula 1* que rugem pelas estradas ocupadas os restantes 364 dias do ano por lentos riquexós. (...) Muita nudez é exibida nos shows de strip do Crazy Paris no mais antigo teatro de estilo europeu do Oriente.**
Excertos de um artigo da "U.S. News & World Report", 1981
Guy Lesquoi com as dançarinas na década de 1980; o homem que Stanley Ho (STDM) foi buscar à Europa e que se manteve 15 anos à frente do espectáculo.***
* referência às provas desportivas motorizadas; o que mais se aproxima da descrição são os carros da Fórmula 3 e ainda assim a primeira prova só aconteceu em 1983.
** espectáculo que se estreou em 1979 no Teatro D. Pedro V onde esteve em exibição durante vários anos até se mudar para o Hotel Lisboa (sala Mona Lisa) - imagens acima não incluídas na revista referida. Actualmente está patente no Grand Lisboa.
*** Em breve publicarei post sobre a história deste espectáculo.

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