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quinta-feira, 20 de maio de 2021

"Macao" na Longman's Gazetteer of the World: 1895

Macao
Sea port town in China province Kwangtung on the Canton Region, on a peninsula on an island of the same name. 38 miles West by S. Victoria (Hong Kong). The peninsula 2,5 miles in length by less than a mile in breadth, is connected with the island by a narrow low and sandy isthmus forming a land locked inner harbour 12 miles in circuit.
The town stands on declivities between this harbour and the outer anchorage and is surrounded by hills crowned by several forts; it is divided into two distinct parts, the Portuguese and Chinese. At the end of the town is a mansion and picturesque garden with the Grotto where Camoens composed a great deal of his Lusiad 1559-60.
Both harbours are within the region of typhoons and suffer greatly from them; the roadstead, badly sheltered, is bounded on the North by Hiang-shan and by nine small rocky islands. South by another group of islands, the principal of which form a small port preferred by many vessels to the large roadstead, which is too open and exposed; it has but little depth near the town, so that large vessels anchor 5 or 6 m from Macao.
The trade (much of which is contraband) is mainly carried on in junks by Chinese merchants. It is chiefly in rice, tea, silk, sugar and indigo and principally with Canton, Hong kong, Batavia and Goa. Salt is brought from Cochin, China.*
The Portuguese authorities and others form a senate, a governor and council but the government of the native inhabitants is substantially vested in a Chinese mandarin. Macao was granted to the Portuguese subject to an annual rent by the Chinese emperor in 1586 in return for assistance against pirates. In 1863 the payment of this tribute was rescinded and the land conceded by treaty to Portugal but jurisdiction over the Chinese inhabitants retained. (...)
in Longman's Gazetteer of the World, George Goudie Chisholm, 1895
Tradução:
Macau 
Cidade portuária na província chinesa de Kwangtung, na região de Cantão, na península de uma ilha com o mesmo nome. 38 milhas a oeste de S. Victoria (Hong Kong). A península, com 2,5 milhas de comprimento por menos de uma milha de largura, está ligada com a ilha por um estreito istmo baixo e arenoso, formando um porto interior, com 12 milhas de extensão. A cidade fica em declives entre este porto e o ancoradouro externo e é cercada por colinas coroadas por vários fortes; está dividida em duas partes distintas, a portuguesa e a chinesa. 
Nos limites da cidade encontra-se uma mansão e um jardim pitoresco com a Gruta onde Camões compôs grande parte dos Lusíadas 1559-60. Ambos os portos estão num região assolada por tufões e sofrem muito com eles; a enseada, mal protegida, é limitada a norte por Hiang-shan e por nove pequenas ilhas rochosas. A sul por outro grupo de ilhas, as principais das quais formam um pequeno porto preferido por muitos navios face ao grande ancoradouro, que é muito aberto e exposto; junto à cidade as águas têm pouca profundidade, pelo que os grandes navios ancoram a 5 ou 6 milhas de Macau. O comércio (grande parte do qual é contrabando) é realizado principalmente em juncos por mercadores chineses. É essencialmente baseado no arroz, chá, seda, açúcar e feito principalmente com Cantão, Hong Kong, Batávia e Goa. O sal é trazido de Cochim, Índia. * (erro no original)
As autoridades portuguesas têm um senado, um governador e um conselho de governo, mas o governo dos habitantes nativos (chineses) está substancialmente investido em um mandarim chinês. 
Macau foi concedido aos portugueses, sujeito a uma renda anual pelo imperador chinês em 1586, em troca de ajuda no combate aos piratas. Em 1863, o pagamento deste tributo foi rescindido e as terras concedidas por tratado a Portugal, mas manteve-se a jurisdição sobre os habitantes chineses.

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