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quarta-feira, 20 de novembro de 2019

O "cidadão benemérito" António Joaquim Basto (1848-1912)

Nascido a 12 de Julho de 1848 António Joaquim Basto morreu a 20 de Maio de 1912 com 63 anos na sua casa na Rua da Calçada da Paz. 
in Galeria de Macaenses Ilustres do século XIX, Padre Manuel Teixeira, IN, Macau, 1942
Começou por estudar em Macau com os Jesuítas e em Goa 'tirou' advocacia. Par além de causídico de excelência, era republicano e teve um papal essencial no estabelecimento de Sun Iat Sen (futuro fundador da república na China) em Macau. Segundo o investigador/jornalista João Guedes: “Os bons ofícios de Bastos contribuíram também para que a Misericórdia arrendasse a Sun a casa que seria a sua residência nos anos de Macau, situada precisamente na Travessa da Misericórdia, a poucos passos da Praça do Leal Senado."
Refere-se a AJB enquanto provedor da SCM.
Foi Vogal do Conselho do Governo de Macau, Delegado do Procurador da Coroa, Agente-delegado do Ministério Público, Representante da Coroa no Tribunal dos Negócios Sínicos, Juiz substituto, Procurador dos Negócios Sínicos, Membro do Corpo Diplomático junto das Cortes do Japão, China e Sião,  Vereador e Presidente do Leal Senado, Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Macau, Membro da Real Sociedade de Geografia de Londres e Director do jornal "O Macaense: jornal politico, litterario e noticioso" (1882-1891).
Foi agraciado com várias comendas e títulos honoríficos:  Comendador da Ordem Militar de Cristo; Cavaleiro da Legião de Honra de França e Vice-Cônsul Honorário de França em Macau; Comendador da Ordem do Sol Nascente (Japão); Comendador da Ordem do Elefante Branco (Sião); Comendador da Ordem de S. Silvestre (Vaticano); Comendador da Ordem de Redenção (Libéria).
Em sessão de 27 de Dezembro de 1922, o Leal Senado declarou António Joaquim Basto 'Cidadão Benemérito de Macau' e deliberou atribuir o seu nome a uma rua. 
O seu retrato figura na Galeria de Retratos do Leal Senado.

Entre as obras que escreveu estão:

O futuro de Macau ou as vantagens que hão de resultar da admissão d'uma delegação da Alfandega Chineza em Macau, Typographia Mercantil, 1873.


- A justificacao d'uma desobediencia ou a causa d'uma demissao immerecida, 1881

- Impressões d’Uma Viagem de Macau a Bangkok. Macau: Typographia do “Echo Macaense”, 1896
Taata-se da crónica de uma viagem diplomática empreendida pelo autor com o Governador de Macau e Timor, José Maria de Souza Horta e Costa, às cortes da China e do Sião.

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