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quarta-feira, 27 de junho de 2018

O Traje da Mulher Macaense: da Saraça ao Dó


O Traje da Mulher Macaense:
Da Saraça ao Dó das Nhonhonha de Macau
Autor: Ana Maria Amaro
Editora: Instituto Cultural de Macau, 1989
Capa e ilustrações de Lok Tai Tong.
Começando por abordar o traje feminino na rota do Oriente, passando pelo Islão e por Goa, este ensaio dá conta da moda feminina na Europa dos séculos XVI e XVII, para finalmente se debruçar, de-pois de devidamente contextualizado, sobre os trajes das mulheres de Macau e a sua evolução.

"Nos primeiros tempos da ocupação de Macau pelos portugueses as mulheres asiáticas ou euro-asiáticas que os acompanhavam usavam um trajo original que se vulgarizou em todas as cidades do Oriente onde estes se fixaram. Este trajo nem era aquele que usavam as mulheres portuguesas da Europa nem o trajo próprio de nenhuma das etnias asiáticas. Como teria nascido este trajo que, no Oriente, era conhecido por saraça-baju ou pano-quimão?"
 
 
Por ocasião de luto, as mulheres cristãs de Macau usavam uma saraça (origem malaia) negra na cabeça que imitava o véu das religiosas. No entanto, dado que por influência da moda ocidental o véu preto passou a ser considerado um sinal de distinção, as senhoras macaenses das classes privilegiadas transformaram a saraça numa mantilha de renda ou de seda negra que conservou as características da saraça e adquiriu, pelo seu uso original, a designação de dó.
Nhonhonha: corruptela de 'senhora'.

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