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quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Colónia de comércio e pequenas indústrias


No início do século XX a economia de Macau 'vive' essencialmente do comércio do ópio e do jogo, origem da maior parte das receitas do governo. Destaca-se ainda a fábrica de cimento da Ilha Verde, a única no género em todo o Oriente. Segue-se o excerto de um texto sobre Macau para distribuição na Exposição Portuguesa de Sevilha (1929) da autoria de Ernesto de Vasconcellos.
Secagem do peixe no Porto Interior
"Macau é uma colónia de comércio e mantém algumas pequenas indústrias. Importa ópio cru e exporta-o cozido. Prepara a folha do chá; descasca e mói o arroz; desfia o casulo de seda e fabrica alguns tecidos, esteiras e panchões. A sua maior indústria é a da pesca, salga e secagem do peixe. Pela sua situação geográfica faz grande comércio de trânsito devido à cabotagem favorecida pelos inúmeros canais que ligam os rios de Cantão e de Oeste, que foi um dos últimos abertos ao comércio, havendo os chamados portos de tratado, como Kongmun e Samshui, estando este servido pelo caminho-de-ferro de Cantão, que, por seu turno, está ligado a Kowloon, o que equivale dizer a Hong Kong, que é o porto que lhe dá serventia. A grande maioria das embarcações que frequentam Macau é constituída por pequenos barcos veleiros, dos vários tipos chineses, que tomam indistintivamente o nome de ‘juncos’. Não quer isto dizer que ao porto exterior não vão vapores de vária tonelagem, sobretudo agora que se construiu o porto, que está sendo devidamente apetrechado. (…)"
Mapa com indicações dos principais destinos das exportações de Macau em 1938

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