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domingo, 10 de abril de 2016

Ecos da Emissora Nacional

"A Emissora Nacional transmitia curtos períodos de emissão especial para Macau e Timor, mas a recepção era muito má no território. As pessoas corriam para os pontos mais altos da Guia e de Coloane com os seus pequenos portáteis, impelidos por essa paixão histórica dos relatos de futebol. Alberto Alecrim resolveu então apanhar as emissões num rádio-portátil, no terraço dos CTT, junto à cabine da locução. Ligava um fio ao rádio, outro à consolete, e a Emissora Nacional entrava, com certeza, pelas casas portuguesas. Com duas vantagens para Alberto Alecrim: por um lado servia o público; por outro, deixava cair a ligação quando o Sporting estava a perder. Entrava então da consolete e justificava-se: Devido às más condições de transmissão atmosféricas não é possível continuar a retransmitir os relatos."
Excerto de um artigo da autoria de Paulo Rego publicado na Revista Macau II série nº 25 – Agosto 1994. Alberto Alecrim começou na rádio em Macau em 1955 chegando a director em 1978.

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