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terça-feira, 7 de outubro de 2014

D. Joaquim de Sousa Saraiva: o bispo de Pequim

Acácio Fernando de Sousa escolheu para tema da sua dissertação de mestrado a figura de um bispo natural da região de Leiria. O resultado foi, em 1999, a edição de "D. Joaquim de Sousa Saraiva - A contribuição para a História de Macau".
Este bispo (lazarista), nascido em Olival, concelho de Ourém, a 15 de Outubro de 1764, veio a morrer em Macau em 1818. Nomeado bispo coadjutor de Pequim em 1804 e como tal consagrado nunca chegou a tomar posse na sua diocese já que não pode entrar na China. É sobre as condições atribuladas em que decorreu a sua actividade apostólica que o autor desenvolve o seu texto, baseando-se em abundante documentação, muita dela inédita.
As origens da Arquidiocese de Pequim (Igreja Católica) remontam ao início do século 13. Os Lazaristas (a primeira casa da congregação chamava-se Casa de S. Lázaro), também conhecidos por padres/irmãos vicentinos foram fundados em Paris em 1625 por São Vicente de Paulo (1551-1660). 
Joachim de Souza Saraiva (1774-1818) foi ordenado em 1787 e designado arcebispo da diocese de Pequim em 1804 e bispo em 1808 mas nunca chegou a entrar na China. Morreu em Macau a 6.1.1818. Atribuiu-se-lhe a autoria da "Colecção de varios factos acontecidos nesta mui nobre cidade de Macao" documento que serviu de base à primeira história de Macau escrita pelo sueco Andrew Ljungstedt em 1836. É o próprio que o afirma no livro. O documento reúne uma lista cronológica de acontecimentos entre 1553 e 1748.

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