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quinta-feira, 20 de março de 2014

V Centenário da morte do Infante D. Henrique (1960)


A avenida que recebeu o nome do Infante: vai do cruzamento da Praia Grande até à rotunda Ferreira do Amaral. 
Este cruzeiro com a Cruz de Cristo e com a inscrição "E se mais mundos houvera lá chegara" (do poema épico "Os Lusíadas" de Luís de Camões) foi colocado frente ao edifício do Liceu na Praia Grande em 1960. Na década de 1990 passou para o Jardim de Jorge Álvares onde ainda se encontra.
Em 1960 comemorou-se em todo o território português o 5º Centenário (1460-1960) da morte do Infante D. Henrique (4 Março 1394 - 13 Novembro 1460). Macau não foi excepção. O governador era Jaime Silvério Marques. A coordenação/organização dos eventos ficou a cargo do "Leal Senado da Câmara de Macau" a cuja comissão administrativa presidia Pedro José lobo.
As celebrações duraram praticamente um ano, alastraram-se à comunidade portuguesa de Hong Kong e ficaram registadas no livro "Comemorações em Macau do V Centenário da Morte do Infante D. Henrique".
Entre as iniciativas que assinalaram a data (culturais, lúdicas, desportivas...) destaque para a colocação do padrão (com a cruz de cristo no topo) frente ao Liceu (hoje está junto ao hotel Metrópole - frente ao antigo Tribunal) na então denominada Av. Dr. Oliveira Salazar, e onde foi inscrita a frase "e se mais mundo houvera lá chegara", d'"Os Lusíadas". Houve ainda uma emissão filatélica especial (selo e envelope).
Ao longo de mais 400 páginas do livro - com partes também em chinês - referência ainda para o poema "O Infante" de Fernando Pessoa, traduzido para chinês. Entre 4 de Março e 13 de Novembro de 1960, a bandeira da Cruz de Cristo esteve desfraldada nos edifícios públicos, ao lado da bandeira nacional.
Das chamadas festas henriquinas fez ainda parte a denominada Semana do Ultramar, onde se evidenciou a participação dos militares. 
Sendo o Infante patrono do Liceu, muitas das actividades decorreram no Liceu Nacional Infante D. Henrique. O busto é da autoria de Oseo Acconci e foi oferecido pelo próprio ao reitor Ferreira de Castro. Esteve durante décadas na entrada principal do Liceu, mais tarde na biblioteca e depois de 1999, como fim da instituição, transitou para a Escola  Portuguesa de Macau.

Na ocasião foi ainda reeditado pelo jornal Notícias de Macau o livro de Jack M. Braga intitulado "Hong Kong and Macao: a tribute to the memory of Prince Henry 'the Navigator', on the occasion of the festivities in his honour". Originalmente o livro foi editado em Hong Kong em 1951 como suplemento do jornal China Mail. Nesta reedição o texto foi aumentado e surgiram novas ilustrações. Foi impresso em Hong Kong pela Graphic Press Limited.                                                                  Apesar do cognome "O Navegador", o Infante nunca se aventurou nos mares. No entanto, foi graças ao seu esforço e empenho que aconteceram as primeiras viagens dos "descobrimentos". Gomes Eanes de Zurara escreveu que era uma "príncipe pouco menos que divinal". Ao lado, uma emissão filatélica especial de 25 de Junho de 1960 realizada em todas as colónias portuguesas.
Um postal de 1960 com um carimbo (cruz de cristo) alusivo à efeméride

1 comentário:

  1. Ao passar pela net encontrei seu blog, estive a ver e ler alguma postagens
    é um bom blog, daqueles que gostamos de visitar, e ficar mais um pouco.
    Eu também tenho um blog, Peregrino E servo, se desejar fazer uma visita
    Ficarei radiante se desejar fazer parte dos meus amigos virtuais, saiba que sempre retribuo seguido também o seu blog. Deixo os meus cumprimentos e saudações.
    Sou António Batalha.

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