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quinta-feira, 18 de julho de 2013

Embaixada de D. João V ao Imperador Yongzheng

Título: A Embaixada enviada por D. João V ao Imperador Yongzheng (1725-1728) através da documentação do Arquivo Distrital de Braga, da autoria de Mariagrazia  Russo. (editado pela FO 2005 e pela CCCM 2007)
A ascensão ao trono do imperador Yongzheng, em 1723, serviu de mote para o envio, por D. João V, duma embaixada à Corte de Pequim (1725-1728). Nas instruções dadas pelo monarca ao seu embaixador, Alexandre Metelo de Sousa e Meneses, assumiam lugar de destaque a defesa do Padroado Português e da acção missionária da Companhia de Jesus, num período de absoluta clivagem dos religiosos católicos na China e de cerrada hostilidade que lhes era movida pelo poder central chinês. 
Neste livro a professora Mariagrazia Russo dá a conhecer os documentos que encontrou no Arquivo Distrital de Braga relativo ao processo da embaixada. O principal documento consiste no relatório preparado por Metelo após o seu regresso ao reino, em 1729, no qual apresentava ao rei o resultado da sua missão, expondo pormenorizadamente os objectivos do soberano e a actuação possível. Acrescenta-se um pequeno conjunto de outros relatórios e cartas. Nestas fontes encontram-se elementos de interesse para o estudo do Padroado Português e da missionação na China (nomeadamente sobre a Controvérsia dos Ritos Chineses) e restante Ásia Oriental, bem como das relações diplomáticas Portugal-China e da história de Macau.
Excertos:
"Na história da diplomacia europeia na China dos séculos XVII e XVIII, se o caso da Inglaterra tem uma relevância muito relativa, quer pela época em que tem lugar, quer pelo contexto político que a justifica, o mesmo se não poderá dizer da Rússia, da Holanda e, particularmente, de Portugal. No último caso, por uma série variada de razões. Em 1º lugar, pelo número considerável de missões diplomáticas, a maior parte delas efectivamente classificada como «embaixadas» em forma, que, frustradas ou não, indiciam desde muito cedo o estilo que Portugal considerou adequado às suas relações com o império. (...) Sem contarmos com algumas iniciativas de carácter regional lançadas de Macau ou de Goa podemos inventariar 5 importantes missões diplomáticas gizadas e decididas em Lisboa e (à excepção da última) oficialmente recebidas pela corte imperial como embaixadas, no limite que esta palavra assumiu no quadro do sistema tributário chinês: Tomé Pires, 1516; Manuel de Saldanha, 1667; Alexandre Metelo de Sousa e Meneses, 1725; Francisco de Assis Pacheco de Sampaio, 1752; D. Fr. Alexandre de Gouveia, bispo de Pequim, 1783. (...)"

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