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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

A voyage round the world: Macau em 1836

Em 1832, Andrew Jackson, presidente dos E.U.A., agindo com base no parecer do Secretário da Marinha, Levi Woodbury, enviou Edmund Roberts como "agente especial do governo", com poderes para negociar tratados de amizade e comércio com os países da Ásia. O objectivo era expandir o comércio entre estes países e os Estados Unidos. Entre o início de 1832 e Maio de 1834, Roberts deu a volta ao mundo e passou por Macau em junho de 1836. No decorrer da viagem negociou tratados com o Sultão de Mascate (Omã) e com o Rei do Sião (Tailândia). Após o regresso aos Estados Unidos e a ratificação dos tratados pelo Senado, Roberts foi mandado de volta, em 1835, a Mascate e ao Sião para a troca das ratificações.
Esta obra (editada em 1838) foi escrita pelo cirurgião (Ruschenberger) do navio que levava Roberts. São mais de 500 páginas. O capítulo 36, intitulado Sketches in China é dedicado a Macau com um total de 8 páginas.
Além de Mascate e do Sião, outros países visitados durante a viagem e descritos nesta obra incluem: Brasil, Tanzânia, Índia, Sri Lanka, Indonésia, China, Vietname, México, Perú e Chile. O próprio Roberts não viveu para completar sua missão. Morreu em Macau a 12 de Junho de 1836.
Vista sobre o "forte do monte" que neste postal do final do século 19 é denominado "castle".
Como era então Macau nessa época? Eis alguns excertos sobre a geografia, usos e costumes que o cirurgião reteve na memória. Há ainda uma parte de resumo histórico.
"Junho de 1836. The appearance of Macao from the roads, there is something to remind one of Rio de Janeiro, without there being any thing, wich is particulary semblable. (...) It is clean, and there is an air of snugness, wich gives an appeaence of the unmolested retirement of those, who fly here at certain seasons, from the drudgery of business and the confinment of the close factories at Canton. (...)
The houses are built on a curve (referência à Praia Grande), following the sweep of the shore, with a broad terrace in front; they are two stories high, in the Portuguese style, with large windows for ventilation, shaded by Venetian shutters. (...) Penetrating the town from the playa, we find the streets crossing each other irregularly, now rising abruptly and again descending, and roughly paved with broken pebbles. (...) There is a Portuguese governor and a garrison of about 200 men, kept in good discipline; but the Chinese have also their mandarins, who exercise all the various functions of office. (...)
The population is estimated of 2500, of wich 2000 are chinese. (...) It is a favourite resort for invalids from all partes of India. (...) The Portuguese have preserved their national foundness for music and society. The piano and the guitar are heard from the houses in almost every street at night. (...)

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