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segunda-feira, 26 de abril de 2010

João Egreja: militar em Macau entre 1945/47

Vista sobre a Praia Grande a partir da Guia
Av. Almeida Ribeiro
Rua dos Mercadores: à esq. vista parcial do teatro/cinema Vitória
Prédios nos então novos aterros da Praia Grande ca. de 1945: em cima a Sé
Edifício dos Correios no Largo do Leal Senado
Parece ser uma parte da Av. Cons. Ferreira de Almeida
O militar João Egreja
Esperando o novo Governador Albano de Oliveira
Guarda de honra ao novo Governador
Guarda de honra ao vice-pres. da China (governo nacionalista), Sun Fo em Setembro de 1947
O convite tinha partido da iniciativa do cônsul de Portugal em Hong-Kong, Eduardo Brazão, que lutou contra todos os obstáculos que o Comissariado Chinês tinha colocado à visita a Macau. A estadia de Sun Fo no território revestia-se de um simbolismo favorável para as autoridades portuguesas. Era importante para a diplomacia portuguesa dar a impressão que se tratava de uma visita oficial, a indiciar um entendimento que a ala mais radical do novo regime chinês não queria ver difundido e propagandeado nos jornais. Quando finalmente Eduardo Brazão conseguiu formalizar o convite, o vice-presidente chinês aceitou ficar uma só noite no Palácio do Governo, evitando quaisquer manifestações oficiais que pudessem deturpar o sentido da visita que era comemorar o aniversário de sua mãe. Apesar da confusão no desembarque do vice-presidente e o aspecto desolador da residência do Governo, descritos por Eduardo Brazão em carta dirigida ao Ministro dos Negócios Estrangeiros em Lisboa (Arquivo MNE), a visita serviu, no mínimo, os intuitos dos portugueses do território.
No jantar, oferecido no Palacete de Santa Sancha, Sun Fo proferiu um discurso improvisado no qual salientou a conveniência em manter a amizade que ligava os portugueses e os chineses : ... porque Macau é, geograficamente, uma extensão dos territórios de Chong San, é bem de ver que a prosperidade e a paz desses territórios se reflecte igualmente no território de Macau e, consequentemente, só há que cuidar e acarinhar a continuação desta situação especial dos dois territórios, de modo que não haja razões que possam destruir as boas e amistosas relações que existem entre os dois povos.
A oportuna visita, associada às declarações de Chiang Kai Chek, foram de grande utilidade para o Governo que assim viu acalmadas as hostes mais acesas contra a administração Portuguesa em Macau.
Vista sobre o Farol da Guia
Em 1º plano o Hotel Macau e depois vista parcial do edifício do BNU
Estátua do Coronel Mesquita
Serviço de Obras Públicas na Rua Pedro Nolasco da Silva
Porta do Cerco destacando-se a estrutura de arame farpado que era atravessada na estrada ao pôr-do-sol quando a fronteira se encerrava
Igreja da Sé
Tancareiras
Em 1º plano - em baixo - o Jardim/Monumento da Vitória e ao fundo a Fortaleza do Monte que por esta altura funcionava como Depósito de Material de Guerra
Coloane em Junho de 1947
Hac Sa em 1947
Ka Ho - 1947
Ka Ho - 1947
Ka Ho - 1947
Militar de carreira; reformou-se com a patente de General;
Imagens cedidas pelo filho, José Egreja, a quem agradeço.

1 comentário:

  1. Gostaria de fazer os seguintes comentários em relação às fotografias cima. 1) Rua dos Mercadores. Assisti com a minha família a muitas sessões de matinée no cinema Vitória, depois das quais iamos jantar ao Fat Siu Lau nas imediações. 2) Estátua do Coronel Mesquita. Este é o Largo do Leal Senado que conheci. Nas arcadas do edifício à direita, trabalhavam artífices chineses, que, de formão em punho, talhavam artisticamente as célebres malas de cânfora. 3) Portas do Cerco. No sentido das Portas do Cerco, à esquerda e num plano inferior da ordem dos 4/5 metros em relação à estrada, ficavam umas hortas. À esquerda dessas mesmas hortas, ficava o Bairro Tamagnini Barbosa, onde morei na década de 1940. Nós, os miúdos do bairro, tinhamos por hábito atravessar essas hortas, trepar pelas raízes aéreas das árvores que orlavam a estrada e assim chegar às Portas do Cerco.

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