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terça-feira, 10 de novembro de 2009

António Estácio

A Deusa A-Má

Em tempos que já lá vão
Houve um dia um tufão
Foi um grande temporal
Muitos barcos se afundaram
Pois poucos aguentaram
A força do vendaval.
Numa pobre embarcação
Decidira o capitão
Certa jovem transportar,
E quando o barco aportou
Em santa se transformou
Lançando um divino olhar.
Nessa pequena enseada
Numa encosta abrigada
Ergue-se o templo de A Má,
Lugar de culto e oração
Para a população,
E o mais velho que há.
Aliás, em seu redor,
Voltado ao Porto Interior,
Foi que Macau nasceu,
Tendo desde a fundação
Tido logo a protecção
Que a deusa lhe concedeu.


António Júlio Emerenciano Estácio nasceu na Guiné-Bissau. Engenheiro técnico agrário, residiu e trabalhou em Macau de 1972 a 1998. Entre os diversos cargos e funções exercidas em Macau, foi vice-presidente da Câmara Municipal das Ilhas, vogal do Conselho Consultivo do Governador, do Conselho do Ambiente, técnico-chefe dos Serviços Florestais e Agrícolas de Macau, Presidente da Associação de Patinagem de Macau.
Publicou no total 9 livros técnicos, entre os quais, Flora da Ilha da Taipa, Monografia e Carta Temática de Macau, Flora da Ilha de Coloane, Dinâmica de Zonas Verdes da cidade de Macau, Jardins e Parques de Macau.
Do lado dos "não técnicos" escreveu um de poesia, "Na Roda de Amigos" e outro de contos, "Histórias Vividas e Contadas".

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