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terça-feira, 16 de junho de 2009

Austin Coates: 1922-1997

"Macau tornou-se o posto avançado de toda a Europa na China", Austin Coates

Austin Coates (1922-1997) was a British civil servant, writer and traveller. He was the son of noted English composer Eric Coates.
Austin Coates wrote extensively on topics related to the Asia-Pacific region, particularly Hong Kong and Macau. He was first connected to the East through his service for the Royal Air Force intelligence in India, Burma, Malaysia and Indonesia in the Second World War. After the war, he worked for the Hong Kong government as Assistant Colonial Secretary and Magistrate in the New Territories from 1949 to 1956. As a magistrate, he gained insight on the Chinese customs and character, and he applied Chinese laws to solve many of his cases.
After Hong Kong, he was the Chinese Affairs Officer in Sarawak from 1957 to 1959; First Secretary of the British High Commission, Kuala Lumpur and Penang from 1959 to 1962. In 1962, he left the British civil service to concentrate on writing. In 1965, he settled in Hong Kong and continued travelling and writing extensively.

Alguns livros relacionados com Macau:
- Prelude to Hong Kong (London: Routledge and Kegan Paul; second edition as Macao and the British, 1637-1842 Hong Kong: Oxford University Press, 1988
- City of Broken Promises, Hong Kong, Oxford University Press, 2nd edition 1987 (1st edition: 1967). A novel based on the life of Martha Merop, a Chinese orphan in Macao who rose to great success in business and her liaison with Thomas Kuyck van Mierop, a principal of the British East India Company
- A Macau Narrative, Hong Kong, Oxford University Press, 2nd edition 1999 (1st edition: 1978), preface by Cesar Guillen-Nunez
Diplomata, historiador e romancista... é assim que se pode classificar Austin Francis Harrison Coates. Viaja para a Ásia pela primeira vez na 2ª Guerra Mundial desempenhando vários cargos na Birmânia, Jacarta e Singapura. Em 1949 alista-se no British Colonial Civil Service e inicia a carreira diplomática ficando ao serviço em Hong Kong até 1956. É durante o primeiro ano da sua estadia em Hong Kong que visita Macau. Em 1962, aos 40 anos, abandona a carreira diplomática e regressa a Londres. Em 1966 escreve o primeiro livro sobre a história de Macau e regressa à Ásia, escolhendo a China para viver durante 27 anos. Na década de 70 regressa ao seu fascínio pela história de Macau. "Um local fascinante, um outro mundo", escreveu. Ficaram conhecidos os seus passeios nos jardins do Hotel Bela Vista onde ficou hospedado. Por esta época escreveu A Macao Narrative, traduzido para português como "Macau, calçadas da história".
Em 1974 Coates abandona a Ásia e escolhe Portugal para viver. A este facto não terá sido alheio as amizades que travou em macau com nomes como Luíz Gonzaga Gomes e Jack Maria Braga (ver outros post's). 10 dias depois de chegar a Portugal acontece o 25 de Abril e o um convite para regressar a Hong Kong e escrever um novo livro. Vai e volta ao nosso país em 1992 onde passa a residir numa quinta em Colares, Sintra. Morreu em Março de 1997 com 74 anos de idade. Deixou 18 obras publicadas e muitos inéditos. Tanto e de tanta qualidade para apenas uma... extactamente, uma obra traduzida para português. Conhecer a história de Macau sem consultar as suas obras é uma tarefa impossível. É mais um caso a quem falta uma mais que justíssima homenagem, em Portugal e em Macau. Que eu saiba, nunca foi feito. E devia!

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