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terça-feira, 12 de maio de 2009

Exposição Ibero-americana de 1929


Macau esteve representada nesta exposição que não poderia ter 'chegado' em melhor altura já que as grandes obras levadas a cabo entre 1918 e 1925 transformaram por completo a cidade. O Governador era Tamagnini Barbosa. O pavilhão obedecia à arquitectura de um pagode. Não era a réplica de nennhum em particular, mas uma mescla dos vários templos de Macau. Ainda assim, a entrada era muito parecida com o Templo da Barra.
Consultado o Boletim da Agência Geral das Colónias de Novembro desse ano pode ler-se: "nos seus stands, decorados a azul celeste e ouro, os tecidos, as águas gasosas, as artes gráficas, os bordados, os artigos de bambú, de joalharia e de ferro, a sua cal, os seus cimentos, e o seus mosaicos, as indústrias de conserva, de artigos de cobre, de cortume, a papeleira, os frutos cristalizados e secos, o mobiliário, o fabrico de tabacos, de pivetes, panchões, vidros, ea formidável riqueza da sua pesca atestam o desenvolvimento colossal da mais pequena e querida colónia portuguesa."
"Macau, a mais antiga colónia europeia no extremo oriente" foi o título do pequeno livro de Jaime do Inso feito de propósito para dar a conhecer o território aos visitantes da exposição.
Curiosidade: o consulado português em Sevilha funciona no antigo pavilhão português da exposição de Sevilha de 1929 (e que pavilhão! se puderem vejam as imagens da época), um espaço histórico e emblemático de uma das zonas mais importantes de Sevilha, localizado na esquina da Avenida El Cid com a Avenida de Portugal. Depois da exposição de 1929, a autarquia de Sevilha cedeu a Portugal o uso do espaço durante 75 anos. Em 2004 esse acordo foi renovado para mais 50 anos.

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