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segunda-feira, 18 de maio de 2009

Até Macau.. pelo Canal do Suez

Vapor no canal Suez cerca de 1905 e cartaz da Messageries Maritimes, uma das empresas de transporte marítimo mais importantes entre 1850 e 1930 (sucederam às Messageries Imperiales) quando o vapor dava cartas...


Até 1889 as viagens marítimas até Macau (ou melhor, Hong Kong) tinha de ser feitas contornando o continente africano. Partia-se de Lisboa, quase sempre rumo a França e aí, no Porto de Marselha, apanhava-se o vapor para o Oriente. Em Novembro desse ano foi inaugurado o Canal de Suez que liga Porto Said, porto egípcio no Mar Mediterrâneo, a Suez, no Mar Vermelho. Na inauguração esteve o então jornalista Eça de queiroz ao serviço do Diário de Notícias. A ópera Aida, de Verdi, encomendada para o acto, só ficaria pronta dois anos depois.
Os 163 quilómetros do canal ligavam a Europa à Ásia encurtando distâncias e tempos de viagem. Situada no delta de um rio, sujeita a constantes assoreamentos, o porto de Macau não tinha capacidade para receber navios de grande calado que se ficavam por Hong Kong. Dali seguiam depois, passageiros e mercadorias, em embarcações de menores dimensões.
Entre o final do século XIX e meados do século XX outras companhias de navegação de longo curso serviam o Oriente e tinham escritórios e/ou representação em Macau: Pacific Mail, P & O, Canadian Ocean Services, Toyo Kissen Kaisha, Nipon Kaisha, Companhia Transatlântica.
Nas distâncias mais curtas, a Hong Kong, Canton &; Macao Steamboat Co. (criada no final do século XIX e uma das primeiras a cotar-se na bolsa de valores de Hong Kong) levava 4 horas no início do século a ligar as duas colónias europeias. Para Cantão havia a Taig Seng & Co. (8 horas), Tong Heng (Saigão, Singapura, Formosa e Japão).

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