segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Postal: 'clássico' dos anos 70

Foto a partir da zona da Meia Laranja na av. da República.

"Macau, as três últimas décadas"...

Dia 3 de Fevereiro, pelas 18h, na sala multiusos 3 do edifício I&D da FCSH (Univ. Nova de Lisboa, Av. de Berna, 26C, Lisboa) terá lugar a quarta sessão do Seminário Permanente de Estudos sobre Macau, a cargo de Arnaldo Gonçalves (Instituto Politécnico de Macau) que apresentará a comunicação "Macau, as três últimas décadas. Entre Portugal e a China".
Texto e imagem do Seminário Permanente de Estudos sobre Macau

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

"Sentir Macau"... em Lisboa: 2 Fevereiro

A Livraria do Centro de Promoção e Informação Turística de Macau organiza no próximo dia 2 de Fevereiro mais uma sessão do  Ciclo "Sentir Macau", subordinada ao tema "Ano Novo Chinês - Celebrações e Curiosidades".
Os convidados são António Pedro Pires, com obra publicada sobre a temática, e Francisco Varatojo, director do Instituto Macrobiótico de Portugal, instituição também dedicada à divulgação do “feng shui” e astrologia chinesa. A apresentação está a cargo de Maria José Baião.
O evento tem lugar no auditório da Delegação Económica e Comercial de Macau, na Av. 5 de Outubro 115 r/c, em Lisboa, no próximo dia 2 de Fevereiro, quarta-feira, pelas 18h30.
Uma boa sugestão para ficar a saber mais sobre a mais importante celebração da cultura chinesa.
Por Macau, por exemplo, a paisagem marítima altera-se completamente quando milhares de juncos recolhem ao Porto Interior. Nas ruas o colorido marca a diferença como se pode ver nesta imagem do largo do Leal Senado. Mas há mais, muito mais...

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Fábrica fósforos Cheong Meng

Caixa de fósforos para consumo local a 10 avos cada

Cursos de gastronomia macaense

A Associação dos Macaenses (ADM) e a Confraria da Gastronomia Macaense assinam hoje um protocolo de cooperação para que os sabores desta terra cheguem a mais pessoas. A comida macaense é tão antiga que é necessário percorrer vários séculos até chegar às suas raízes. Assim, o objectivo é continuar a fortalecer os fios da tradição, que às vezes a passagem do tempo quer quebrar, divulgando as características desta culinária, que faz parte “do património cultural macaense”.
A ideia ganhou força durante a época de Natal, altura em que a ADM organizou workshops de culinária “com um grande sucesso”, recordou ao JTM Luís Machado, presidente da Confraria da Gastronomia Macaense. Miguel de Senna Fernandes, presidente da ADM, tomou a iniciativa, notando que o papel da Confraria será o de “complementar e tentar prestigiar os cursos que a ADM leva a efeito, através da sua chancela”, prosseguiu Luís Machado. “Vamos ajudar com os nossos gastrónomos, que transmitirão os seus muitos conhecimentos sobre culinária macaense”, acrescentou.
Por sua vez, Miguel de Senna Fernandes, salientou que a ADM, que atribui grande importância à culinária macaense, pensou nesta união para possibilitar cursos com papéis mais sólidos e com mais “confiança”. Como contou ao JTM, “em Macau as pessoas falam de cursos, gostam de comida macaense, há um certo interesse em aprender, mas muitas vezes querem um curso que dê o mínimo de credibilidade”. Para Miguel de Senna Fernandes, não estão em causa as pessoas que têm ministrado os cursos, porque são exímias nesta arte, mas sim a falta de um “símbolo” que reconheça as lições aprendidas. Os “cursos ministrados através deste protocolo darão uma certificação, nem que seja com o símbolo, e isto é importante”, disse.
Esta ideia que, ganhará hoje forma em documentos, pelas 18:30 na sede ADM, visa na verdade abrir o livro dos ensinamentos num sentido prático. “Vão ser cursos de formação pensados sempre pela via prática com pessoas exímias na cozinha”, salientou Miguel de Senna Fernandes, acrescentando que serão escolhidos pratos macaenses típicos para que as pessoas possam aprender a cozinhá-los.
O local do curso e os professores ainda não estão definidos, mas logo após a assinatura do protocolo, começam a definir-se estratégias que serão ajustadas às necessidades. Para já, parece certo que nesta receita não estão previstas formações de longa extensão.
Nos cursos, que poderão até ser organizados em vários módulos, pretende-se que os participantes, que em princípio já se aventuraram no fogão, “adquiram os conhecimentos da cozinha macaense”, que se têm perpetuado no tempo através de receitas, muitas ainda escritas em simples papéis.
O presidente da ADM avança também que gostava de ver a sabedoria da culinária macaense entre as várias feições do território. “Espero que vá beneficiar a comunidade portuguesa e macaense e queremos que esta iniciativa seja compreendida e aceite pela comunidade chinesa, que também está interessada na comida macaense, mas procura alguma coisa com autenticidade”, notou Miguel de Senna Fernandes, adiantando que o protocolo será também escrito em chinês.
Ambas as associações estão satisfeitas com o protocolo porque quem sai a ganhar é Macau. “A ideia é reforçar os laços de amizade e tentar juntar-se mais a força da comunidade”, referiu Luís Machado. Miguel de Senna Fernandes também não esconde a satisfação de ver em marcha mais uma iniciativa para preservar um pedaço da cultura macaense.
“Vale a pena apostar na gastronomia macaense, é uma marca de Macau e temos o dever moral de a defender”, vincou acrescentando que “este protocolo faz tudo o sentido neste contexto” e que é com agrado que vê “a abertura da Confraria para embarcar nesta aventura nobre”.
Este ano a ADM vai comemorar o seu 15º aniversário e muitas outras actividades estão pensadas. A culinária também pode continuar a crescer até serem descobertos alguns dos seus segredos. Até porque “há muita coisa que se pode fazer”, salientou Miguel de Senna Fernandes.
Artigo da autoria de Fátima Almeida publicado no JTM de 27-01-2011. Fotografia do JTM

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Madre María Magdalena de la Cruz: clarissa

"Madre María Magdalena de la Cruz: Percurso Intelectual, Político e Missionário de uma Clarissa em Macau e na Cochinchina (1633-1645)". Título do seminário - apresentado por Elsa Penalva - que acontece dia 27 de Janeiro às 18 horas na FCT da FCSH (Univ. Nova,em Lisboa) e cuja resenha é esta:
"Preferida duas vezes na qualidade de Abadessa, a favor da Madre Jeronima de la Asunción e de Madre Leonor de S. Francisco, fundadoras, respectivamente, dos conventos de Clarissas em Manila e em Macau, María Magdalena de la Cruz, encontrou espaço na Cidade do Nome de Deus na China para, conduzida pelo seu director espitual, frei Antonio de Santa María Caballero, se afirmar intelectual, missionária, e politicamente. Divulgar à comunidade científica e público em geral os últimos resultados da pesquisa que desenvolvemos sobre esta carismática monja, no quadro das relações ibéricas, e, em particular, entre Macau e Manila, entre 1633 e 1645, é o objectivo desta conferência."
Texto de Seminário Permanente de Estudos sobre Macau

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

"Macau é um espectáculo"... no Brasil

A exposição “Macau é um espectáculo”,está desde Novembro último exposta no Gabinete Português de Leitura do Recife e em Fevereiro vai para a faculdade Paula Frassinetti, na mesma cidade.
Continuando a itinerância no Brasil que se iniciou o ano passado,a exposição “Macau é um espectáculo”, organizada pelo Instituto Internacional de Macau com o apoio da Associação Fotográfica de Macau, foi agora inaugurada no Gabinete Português de Leitura do Recife.
Na cerimónia de abertura, em que estiveram presentes o Vice-Cônsul de Portugal, dirigentes do Gabinete e muitas personalidades da vida cultural e académica do Recife, o Presidente da Directoria do Gabinete, Vicente Miranda, entregou ao Instituto Internacional de Macau a Medalha de Bronze Comemorativa do Sesquicentenário do Gabinete.
Em resposta, o vice-presidente do IIM, José Amaral, depois de explicar de forma sucinta o que é o IIM, fez a oferta à biblioteca do Gabinete Português de Leitura de uma colecção dos livros editados pelo IIM.
A exposição, que estará patente ao público durante 3 semanas, será exibida em seguida na FAFIRE - Faculdade Frassinetti do Recife, uma das mais prestigiadas universidades pernambucanas.

Porto Interior: postal preto e branco e pintado

Porto Interior à esquerda; segue-se Ilha Verde e Jardim Camões. Ao fundo a China. à direita: Seminário S. José e igreja S Lourenço.
Inner Harbour on the left, then Ilha Verde and Camoes Garden. China on the background. On the extreme right: S. Jose Seminary and St. Lawrence Church.
Primeiros anos do do século XX

domingo, 23 de janeiro de 2011

Illustração Portugueza: 14 de Dezembro de 1908

As "Novas construções de S. Paulo" e as "Portas do Cerco"
Na edição de 14.12.1908 a Illustração Portugueza dedica a Macau um extenso artigo profusamente ilustrado - páginas 18 a 26. Intitula-se "Portugal no Extremo-Oriente".

Abellard Borges: fim de capítulo

Depois de um primeiro post em Novembro último e de uma primeira resposta há poucas semanas por parte de Artur de Almeida, eis que Maria de Fátima responde encerrando por agora este capítulo. Aos dois, bem hajam. Ainda bem que o "Macau Antigo" proporcionou o reencontro.
Voltar de férias e receber esta manifestação de carinho, da parte de quem eu só conhecia através das trocas de correspondência da sua mãe Armanda de Almeida e da minha mãe Paulina de Oliveira, é para mim, primo Artur, um privilégio e uma honra a que eu retribuo calorosamente e permita-me que eu diga que sinto uma grande estima por si e me orgulho de saber que partilhamos do sangue dum grande herói e mártir, o nosso bisavô, José Abellard Borges. Do mesmo modo saúdo a minha prima Beatriz e estou feliz de saber que ela se encontra bem. Hei-de vos enviar uma foto que sempre guardei com muito carinho. Já lá vão 36 anos. Irão com certeza reconhecer essa foto. 
Eu tinha uma cópia da “Chinesinha” que me foi dada pelo primo José Maria Abellard Borges quando ele esteve em Timor. Infelizmente, no tumulto da fuga de 1975, esse livro foi uma das preciosidades que deixei para trás. Lamento com muito pesar o falecimento da prima Armanda cujas cartas eram sempre motivo de júbilo para a minha mãe que infelizmente também ja faleceu em 2002. Igualmente entristece-me não ter conhecido a Lolly, a Conchita e o Padre Albino em vida. Fico altamente grata ao primo Sonny que tambem tive a felicidade de conhecer recentemente, por me dar a conhecer os rostos desses membros da familia, através de fotos do seu album de família. 
Quanto a campa do nosso bisavô José Abellard Borges, os descendentes dos filhos dele de nome Raúl Avelar Borges e Eulália Maria Borges (minha avó materna) continuam a zelar para que os seus descendentes mantenham viva a sua memória. Por isso apreciamos toda a informação que poderá prestar sobre o nosso saudoso bisavô. Da minha parte farei o possível para lhe enviar alguns documentos que tenho.
Gostaria de mencionar ao primo que descobri recentemente que o seu bisavô materno o Tenente Lúcio Gaudioso Borges (irmão do Capitão José Abellard Borges) também esteve em Timor. Tenho um documento datado de 15/6/1906 em que ele assina como Presidente da Comissão Municipal de Liquiçá. A partir de 1906 não consegui obter mais dados sobre o Capitão Borges e por isso ignoro a data de falecimento deste. O irmão Tenente Borges faleceu em 1911, o que leva a crer que também tenha morrido na Guerra de Manufahi(?). 
O primo pode pedir o meu email ao nosso prestimoso Sr João Botas a quem expresso a minha gratidão por ter facilitado este meu encontro emocionante consigo. Agora que reatamos a nossa amizade iniciada pelas nossas mães, espero poder partilhar mais informações e conversar amigavelmente consigo e com a prima Beatriz através de email, se os primos estiverem de acordo. Também eu estou muito feliz e emocionada pela segunda vez, após o meu recente contacto com o primo Sonny. 
Ganhei três novos primos a quem envio um forte abraço de saudades. Obrigada primo Artur pelas suas palavras de afecto e amizade que me tocaram a alma.
Maria de Fátima.
NA: este comentário pode ainda ser lido no respectivo post.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Cinema em Macau: livro de HSF

O Instituto Internacional de Macau apresentou, durante uma cerimónia incluida no programa do Encontro das Comunidades Macaenses 2010 que teve lugar em Novembro último, o livro "Cinema em Macau", de Henrique de Senna Fernandes.
Publicado pela primeira vez nos anos 70, sob a forma de uma série de artigos, num jornal de Macau chamado "A Confluência", e republicado na mesma forma, nos anos 90, na "Revista de Cultura de Macau", este livro relata a relação de Macau e dos Macaenses com o cinema, no início do Século XX (1900 a 1940).
Quase um romance, com o cinema em Macau como protagonista principal, este livro descreve as reacções de um público macaense ávido de cinema, enquadrado num contexto histórico e social, do início do Século passado, as salas de cinema míticas, e as personagens líricas da sociedade macaense da altura, todos intervenientes num ambiente digno de registo nesta forma, e mais ainda, pelo génio literário de Henrique de Senna Fernandes.
O livro foi apresentado pelo filho do autor, Miguel de Senna Fernandes, numa cerimónia onde foram apresentados mais seis livros publicados pelo IIM e dos quais darei conta em breve.
Teatro Capitol nos anos 30.
Um bilhete custava entre 20 e 80 avos, consoante fosse de 1ª, 2ª, 3ª classe, crianças ou galeria.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Bandeira do Leal Senado... em Lisboa

Dois anjos seguram o escudo de Portugal. Por cima da cabeça do anjo do lado direito, o globo terrestre (esfera armilar) simboliza a epopeia dos Descobrimentos.  Do lado  esquerdo  está a Cruz de Cristo.  Por cima do escudo de Portugal, temos uma coroa que simboliza o antigo patrocínio da monarquia ao Senado de Macau.
Para os macaenses esta sempre foi a 'verdadeira' bandeira de Macau.
Uma das três bandeiras que existiam no interior do Leal Senado pode ser vista no Palácio da Independência, em Lisboa (Largo S. Domingos, Portas de Sto Antão). Um local que merece uma visita aprofundada pelo seu valor histórico intrínseco, pelos azulejos (no interior e nos jardins exteriores), pela arquitectura, pela muralha 'fernandina', etc... incluindo o restaurante.
Tem vindo a ser recuperado nos últimos anos.
E como é que tudo isto se relaciona? Pela frase "não há outra mais leal"...  Durante o domínio filipino (1580-1640) Macau manteve-se fiel ao rei português (exilado no Brasil) e não aos espanhóis. Foi assim que recebeu do rei D. João IV este 'título' em 1654.
Na imagem abaixo - inscrição existente à entrada do edifício do Leal Senado - pode ler-se: "Em nome d'el rei nosso senhor dom joão IV o capitão geral d'esta praça joão de souza pereira pôs este letreiro em fé da muita lealdade que conheceu nos cidadãos d'ella em 1654".
NA: curiosamente, o dia da cidade de Macau, 24 de Junho, já não é celebrado; por Portugal, o feriado de 1 de Dezembro, tambám já viveu melhor dias. A reflectir...

O Palácio da Independência antes da sua compra à família Almada, (detentora da representação do título conde de Almada e Abranches), era conhecido por Palácio Almada ou Palácio do Rossio ou Palácio de S. Domingos.
É um dos mais representativos exemplos arquitecturais seiscentistas em Portugal. Mesmo assim, apesar de ser visível a sua antiguidade para essa recuada época, ainda podemos andar ainda mais para trás alguns séculos. Pois há conhecimento de um pergaminho do século XIV com a sua compra. Precisamente a altura em que passou para a mão da referida família e passa a ser a sua «casa-mãe» ou «solar».
Implantado em terreno com declive ascendente para Este e encostado a Norte à Cerca Fernandina, encontra-se inserido em pleno centro histórico da cidade de Lisboa, a noroeste da Praça do Rossio, no Largo de São Domingos e à entrada das Portas de Santo Antão.
Conta a História que foi aqui que, na sua casa, D. Antão de Almada e os 40 Conjurados planearam a última reunião que deu origem à Restauração da Independência de Portugal, no dia 1 de Dezembro de 1640, com o derrube do jugo filipino e com a aclamação a rei de D. João IV.
Em 21 de Fevereiro de 1824 os condes de Almada não se encontram aí a viver, em 9 de Setembro de 1833, aparecem aos olhos da recente governação liberal como "rebeldes". Por essa altura parte deste edifício surge ocupado, ao que tudo indica pelas palavras apresentadas que terá sido «à força» e sem o consentimento da família Almada, nomeadadamente pela Comissão Geral dos Estudos, em Novembro de 1833. Foi assim, que embora mais tarde tivesse sido recuperada a plena propriedade de direito hereditário, este palácio nunca mais foi usado como habitação própria principal.
O edifício já classificado pela Direcção de Obras Públicas como património nacional por decreto de 16/06/1910, foi entregue à Sociedade Histórica, em cerimónia pública, que se efectuou na Praça do Comércio, em 24 de Novembro de 1940 e a sua posse efectiva ocorreu no dia 1.º de Dezembro daquele que também foi o Ano dos Centenários.
Após ter sido vendido em 1940 - comprado pela comunidade portuguesa no Brasil que o doou ao Estado português, teve aí a sede da Mocidade Portuguesa e outras associações entretanto desaparecidas após a revolução de 25 de Abril de 1974. Neste ano o espaço foi tomado de assalto e vandalizado.
Actualmente está sob a tutela administrativa da Sociedade Histórica da Independência de Portugal (SHIP), aí instalada desde 1861 embora com outra designação. Em 24 de Maio de 1861 fundava-se a Comissão Central do 1º de Dezembro de 1640 como reacção ao sentimento iberista que grassava em largos sectores da sociedade portuguesa.
Descendentes dos conjurados de 1640 no Palácio dos Condes de Almada em 1940, aquando da doação deste palácio a Portugal pelo Brasil.
A SHIP desenvolve várias actividades e partilhando o espaço com diferentes entidades culturais e recreativas e tem sido presidida (desde 2005) pelo macaense Jorge Alberto Conceição Hagedorn Rangel.
Escrito a partir da informação do site da SHIP que este ano comemora 150 anos de existência.

O Palácio da Independência há algumas décadas...

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Batalhão Caçadores nº 2 - 1ª Companhia: década 1950

Este edifício - Palácio das Repartições - ficou pronto em 1951 e foi inaugurado em 1952



 
 
A única informação destas imagens colocadas num leilão da internet não é suficiente para as identificar na plenitude. Diz apenas tratar-se da 1ª companhia do batalhão de caçadores, oriunda de Moçambique. Não sei se trata da primeira chegada, em 1951, ou de uma rendição em datas posteriores. Certo é que 
De acordo com o livro "Unidades Militares de Macau" da autoria de Armando António Azenha Cação, coronel de engenharia, a 1ª Companhia do 2º Batalhão de Caçadores de Moçambique chegou a Macau a 28 de Junho de 1951 tendo seguido para Coloane. Nesta data o batalhão "passou a ser comandado pelo major de infantaria Eurico da Silva Ataíde Malafaia." Ao todo chegaram 4 oficiais, 3 sargentos, 9 cabos e 670 praças indígenas. A 22 de Setembro de 1951 "passou a designar-se Batalhão de Caçadores nº 2". Um ano depois rendeu o Batalhão de Caçadores1 nas missões e aquartelamentos ficando assim dividido: Comando no Asilo de Mong Há, CAC no Ramal dos Mouros, 1ª CCaç Porta do Cerco, 2ª CCaç Ilha Verde e 3ª CCaç na Fortaleza de Mong Há. 
Em Dezembro de 1953 dá-se a habitual rendição de tropas (vãos uns e vêm outros). O comandante é o major Gustavo Araújo Barata da Cruz. Sucedem-se diversas alterações até 1958 altura em que o batalhão é extinto "devido à remodelação dos QO do Comando Militar."

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

domingo, 16 de janeiro de 2011

"Ontem para sempre"

Grande Prémio: 1965

Tendinhas de comida: 1967

Brincadeiras (circo): 1962

Dia de jogos: associação professores chineses de Macau (1963)
 
Jardim da Taipa: 1962
O título deste post é o título da exposição de 150 fotografias e preto e branco de Fong Chi Fung, um professor e fotógrafo de Macau já falecido mas cujo espólio - num total de 4 mil rolos de negativos - foi doado pela família ao Museu de Arte de Macau (MAM) que organizou a mostra.
Sobre o autor reproduzo um pequeno texto do comissário da exposição, Choi Pui Leng, que esteve recentemente patente ao público no Museu das Ofertas sobre a Transferência de Soberania de Macau.
”Fascinado pela fotografia, no início dos anos 60 do sec. XX, Fong Chi Fung tornou-se membro da Sociedade de Fotografia de Macau, aprendendo, posteriormente, a revelação, impressão e técnicas fotográficas. Dedicou-se a esta arte, fazendo da fotografia a sua companheira de vida. A maioria dos 4 mil rolos tem Macau como cenário, sendo os primeiros trabalhos do mestre basicamente realistas.
Para além das fotografias tiradas aos alunos da Workers' Children High School (Escola Secundária dos Filhos dos Operários), onde ele próprio foi professor, a lente de Fong captou o nascer e o pôr do sol, as ruas e vielas, a baía ou os aterros entre muitos e muitos temas. Também cenas de trabalhadores, em plena e dura labuta, lhe proporcionaram uma vasta fonte de inspiração.
Fong foi professor a tempo inteiro e apenas durante os tempos livres lhe era possível dedicar-se à fotografia. No entanto ele interessou-se, também, pela fotografia artística, caracterizada pela composição harmoniosa e exigindo um alto nível de competência, criando, assim, uma nova via de criação artística, onde se sentia livre para fazer experimentação.”

sábado, 15 de janeiro de 2011

Estátua Jorge Álvares: desde 16 Setembro 1954

Neste post destaque para duas fotografias da época em que a estátua foi inaugurada (16 Set. 1954). Ficava (e ainda lá está) frente ao então Edifício das Repartições (mais tarde Tribunal, etc...). Destaque ainda para o que fica em redor do monumento: os aterros da Praia Grande praticamente todos por ocupar e onde por esta altura funcionava uma espécie de mini-feira popular com algumas diversões e muitas tendinhas e vendedores ambulantes. 
Imagens com aspectos da feira de diversões retiradas de um filme amador feito pelo director das Obras Públicas

Era o espaço por excelência para os passeios ao fim de semana ou ao fim da tarde em busca da brisa marítima. Era também aqui que terminava o domingo depois da tradicional missa das 11 horas na Sé e da passagem pelas 'novidades' nas montras das lojas dos mouros na rua Central e na San Ma Lou.
Em cima: vista para a Guia. Em baixo: vista a partir do edifício das repartições em direcção à estátua de Ferreira do Amaral.
Mais informações:
http://macauantigo.blogspot.com/2009/04/estatua-jorge-alvares1954.html
Fotos e discurso do dia da inauguração:
http://macauantigo.blogspot.com/2009/11/estatua-de-jorge-alvares-1954.html

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Visita ao Museu do Oriente: arte namban

O termo "arte namban" ou "namban bijutsu", corresponde a uma manifestação artística que decorre dos contactos estabelecidos entre os japoneses e os primeiros europeus a chegar ao Japão. Este termo foi adoptado pela historiografia nipónica no início do século XX para descrever as obras de pintura, escultura, cerâmica, mobiliário, laca, ornamentos e objectos de culto produzidos após a chegada dos portugueses ao Japão, da última metade do século XVI, ca. de 1543 com o desembarque dos portugueses em Tanegashima até à primeira metade do século XVII, 1639, data em que os portugueses foram definitivamente expulsos do território e a partir da qual qualquer tentativa de regressar foi o que aconteceu com uma embaixada enviada de Macau cujos participantes foram quase todos executados, episódio que ficou conhecido como o da Embaixada Mártir (1640).
Até dia 31 de Maio pode visitar a exposição de arte namban no Museu do Oriente.

"Macau é um espectáculo"

Em 2011 a mostra "Macau é um espectáculo: as artes nas ruas de Macau" prossegue a sua 'digressão' por terras lusitanas (já passou por Lisboa, Bragança, Tomar, Portalegre, Beja). Até dia 28 deste mês pode ser vista no Museu Francisco Tavares Proença Júnior em Castelo Branco. Esta exposição resulta de uma parceria entre o Instituto Internacional de Macau e a Associação Fotográfica de Macau e é uma iniciativa associada às comemorações do 10.º aniversário da Região Administrativa Especial de Macau. São 50 fotografias de "arte nas ruas".
A mostra fotográfica está na estrada desde 2009 e já visitou cidades como São Paulo e Rio de Janeiro (Brasil), São Francisco (EUA), Toronto e Vancouver (Canadá)  onde estão algumas das mais importantes comunidades de macaenses espalhadas pelo mundo. Só falta aqui a Austrália...